Capítulo 34

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Esclarecimentos sempre é bom para deixar a alma em paz.”


— Eu nasci na Gênova, em um bairro bucólico por lá

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— Eu nasci na Gênova, em um bairro bucólico por lá. - ela sorri — Meu pai era um homem muito rico e tinha descendência italiana

— Então você fala italiano? - eu pergunto curiosa

— Pouquíssimo. Viemos para os Estados Unidos quando eu tinha sete anos. - ela toma um pouco do chá e sorri — Fomos morar em Seattle, no mesmo bairro que a família do Albert morava.

— Vocês se conheceram nessa época? - minha sogra nega com um sorriso saudoso no rosto

— Nos conhecemos apenas quando meu pai já tinha assinado os papéis do casamento. - isso me surpreende

— Como assim, mãe? - Antony franze a testa e a encara

— Eu e seu pai casamos por um contrato, Antony, como vocês dois. - ela toma mais um gole da sua bebida — Mas, ao contrário de vocês, meu casamento era baseado no dinheiro que ambas as famílias queriam. - eu franzo a testa mas deixo ela mesma continuar a história — Meus pais tinham muito e os pais do Albert queriam muito. A junção perfeita. - ela sorri mas não vejo alegria ali

— Eu não sabia. - Antony engole em seco — A senhora nunca disse isso.

— Não acho que seja uma coisa que os filhos precisem saber. - ela dá de ombros — Foi um começo difícil, não nos conhecíamos ainda e estávamos os dois com um pé atrás em relação a isso.

— O que é normal. - eu comento

— É, hoje entende isso. - ela sorri — A questão é que nós dois, eu e o Albert, éramos infantis demais para saber lidar com um casamento. Houve momentos dificies que achei que não suportaria, mas tudo mudou quando eu engravidei. - ela sorri olhando para o filho — Sabíamos que as coisas não podiam ser iguais porque tinha mais alguém na história e decidimos tentar de verdade, por você. - ela diz ao filho — Aprendemos a ser um casal ao mesmo tempo em que aprendemos a ser pais. Era muita coisa de novo e acho que não demos o valor real para você. - ela segura a mão do filho — Eu jurei a mim mesma que ia dar o meu melhor mas eu não sabia qual era o meu melhor. - ela sorri tristemente — Eu pedi a seu pai para contratar a minha babá para me ajudar e, quando ela chegou, eu pude respirar aliviada porque sabia que você tinha alguém que realmente sabia fazer isso.

— Não sabia que a Wanda tinha sido sua babá. - Antony parece perdido em memórias e eu faço um carinho em sua coxa — A senhora nunca disse isso também.

— Eu percebi agora que nunca disse muitas coisas para você e seu irmão. - ela respira fundo — Pouco depois do seu nascimento as coisas começaram a mudar. Seu pai foi fazendo seu próprio patrimônio e crescendo. Nós entramos para a alta sociedade e eu tive que fazer aulas de etiqueta, aulas de comportamento, tive que aprender a falar, a me vestir, a me portar, e fui desaprendendo a ser sua mãe. - ela volta a encostar na parte de trás do sofá — Eu realmente sinto muito por ter sido relapsa e uma mãe ruim, mas eu juro que foi na minha melhor intenção. - ela olha para minha barriga — Você vai entender isso com o passar do tempo, Crystal, nós erramos tentando acertar.

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