Capítulo 20

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“Até as brigas me fazem saber que é ao seu lado que quero ficar.”

Todo mundo já presenciou algum tipo de briga em sua vida, muitos já até participou delas, eu não faço parte dessa segunda categoria, o máximo de briga que eu já vi foi as lutas de UFC que meu pai assistia na sala da nossa casa

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Todo mundo já presenciou algum tipo de briga em sua vida, muitos já até participou delas, eu não faço parte dessa segunda categoria, o máximo de briga que eu já vi foi as lutas de UFC que meu pai assistia na sala da nossa casa.

Eu nunca fui uma menina de arranjar confusão, ao contrário, sempre preferi a conversa do que uma discussão. Eu já levei a fama de bobona por causa disso mas essa é quem eu sou.

Quando eu era pequena, por exemplo, uma menina quis brigar comigo porque ela tinha toda a coleção das bonecas Forenze e eu morria de medo delas. Para ela e seus amigos eu tinha que brincar com as bonecas enquanto eu só queria brincar no balanço do parquinho. Foi nessa época que minha mãe passou a ser minha melhor amiga.

Anos depois, já em Cambridge, eu engoli toda a minha mágoa quando Shawn fez tudo aquilo. Eu nunca falei nada com ele ou com o Archie ou a Louise, apenas me afastei. Me afastei também da Donna quando ela começou a espalhar que eu tinha um caso com o Ethan.

De todas essas vezes eu até tive vontade de brigar, de falar alguma coisas mas algo me parava. Minha melhor amiga talvez. Mas a Lídia não está aqui agora e não pode me impedir de querer esganar as duas pessoas a minha frente.

Antony tem a decência de parecer culpado, os olhos tristes me dizem que ele está mais do que isso mas não posso pensar apenas nele e não em mim. Ele simplesmente me abandonou aqui e me deixou com fome, cancelou com minha melhor amiga e provavelmente passou as últimas horas fazendo sexo com a água de salsicha pendurada em seu braço.

— Meu Deus, você parece ainda mais linda ao vivo. - a mulher larga o braço do Antony e caminha até estar na minha frente — Ouvi muito sobre você. - ela me abraça forte e eu apenas continuo olhando para meu marido

— Crystal, eu... - assim que a mulher me solta eu me viro para a Debby

— Você pode me acompanhar? - a mulher parece petrificada mas faz o que peço

Não me despeço de nenhum dos dois ou me viro ao ouvir meu nome ser chamado, apenas continuo a caminhar até que fico isolada na minha sala.

— Eu tenho mais alguma coisa hoje? - eu pergunto juntando todos os documentos espalhados pela sala

— Não. Sua agenda foi atualizada e a senhora tem um compromisso amanhã com a equipe jurídica local. - eu afirmo colocando tudo dentro das pastas

— Você pode me chamar um táxi, por favor? - eu guardo as pastas na gaveta e a fecho, guardo a chave dentro da minha bolsa e pego minhas coisas — Conseguiu?

— Sim, estão te esperando na entrada do prédio. - eu agradeço a eficiência da mulher e vou em direção a saída da sala — Não diga que sai mais cedo a ninguém, Debby, nem para o senhor Labarra. - eu a olho — Para nenhum deles. - ela me encara — Me ouviu?

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