"Não conseguir negar ajuda para as pessoas não te faz boazinha sempre, te faz boba às vezes."
Crystal
Eu nunca achei que meu quarto no dormitório sul fosse muito grande. É confortável, tem um banheiro, mas não é enorme. E nem precisava ser, cabe uma beliche, a que eu e minha colega de quarto usamos, um guarda roupa que compartilhamos e uma cômoda, além do pequeno puff sob a janela, não há necessidade de ser muito maior. Mas, ver Ethan Labarra no meio do meu quarto faz com que ele seja ainda menor.
— Donna deve ficar na aula o dia inteiro, então teremos privacidade. - eu digo isso apenas porque não sei o que mais dizer — Pode se sentar, se quiser.
— Obrigado. - ele diz antes de se sentar no pequeno puff sob a janela — Então...? - eu não digo nada, apenas fico ali pensando no porque eu ter o convidado para vir até aqui
Lógico que eu não disse que aceitava a oferta dele e nem que não, apenas o chamei para vir aqui para me dar tempo para pensar. Eu poderia ter o mandado embora mas essa conversa não pode ficar para depois já que eu não tenho tanto tempo assim.
— Me explica tudo, por favor, para ficar claro para mim. - eu peço e Ethan afirma
— Como disse antes, meu pai demitiu o Tony pelo que ele fez e disse que só o deixaria voltar se meu irmão se tornasse mais responsável e usou o casamento como exemplo. - ele diz e eu afirmo tentando encaixar tudo na minha cabeça — Tony queria desistir mas eu não o deixei. Faz um mês desde que tudo aconteceu e meu irmão está ficando impaciente.
— Ele sabe que você está me propondo isso? - Ethan nega
— Nem eu sabia que eu iria te propor isso. Só saiu depois de tudo que conversamos hoje, mas ele sabe que eu estou procurando alguém. - ele dá de ombros
— Eu entendo. - eu coloco a mão no rosto e fico pensando sobre tudo isso por um segundo — Você sabe que eu não me encaixo nos padrões do seu irmão, não sabe?
— Como você pode saber disso? - eu bufo
— Deixa eu tentar: loira, alta, magricela, peitos e bunda grande e, claro, sem cérebro. - Ethan ri levemente
— Você está certa. - eu bufo
— Tão típico. Os playboys não são criativos, não tem bom gosto. - eu nego — Sabendo que eu não sou o tipo do seu irmão eu te pergunto: você acha que iriam acreditar nisso?
— Vão acreditar exatamente porque você não faz o estilo do meu irmão. - eu franzo a testa — Aquela velha história de ter se encantado com a doçura da donzela. - ele revira os olhos — Isso que não é criativo.
— E essa seria nossa história? Ele me viu e se encantou por mim? Simples assim?
— Eu o chamaria aqui e isso nos daria nosso primeiro álibi. - eu afirmo — Vocês se conheceriam, assinavam o contrato e, assim que você se formar vamos para Nova York.
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Nosso Acordo
Literatura FemininaAntony Delucca Labarra, filho de um importante advogado, se vê em um beco sem saída quando seu pai, cansado da vida de farra que seu filho leva, lhe dá um ultimato: ou ele se casa ou ele não assumirá a presidência da Labarra's Advocacy. Do outro lad...