Capítulo 9

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"Não conseguir negar ajuda para as pessoas não te faz boazinha sempre, te faz boba às vezes."

Crystal

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Crystal

Eu nunca achei que meu quarto no dormitório sul fosse muito grande. É confortável, tem um banheiro, mas não é enorme. E nem precisava ser, cabe uma beliche, a que eu e minha colega de quarto usamos, um guarda roupa que compartilhamos e uma cômoda, além do pequeno puff sob a janela, não há necessidade de ser muito maior. Mas, ver Ethan Labarra no meio do meu quarto faz com que ele seja ainda menor.

— Donna deve ficar na aula o dia inteiro, então teremos privacidade. - eu digo isso apenas porque não sei o que mais dizer — Pode se sentar, se quiser.

— Obrigado. - ele diz antes de se sentar no pequeno puff sob a janela — Então...? - eu não digo nada, apenas fico ali pensando no porque eu ter o convidado para vir até aqui

Lógico que eu não disse que aceitava a oferta dele e nem que não, apenas o chamei para vir aqui para me dar tempo para pensar. Eu poderia ter o mandado embora mas essa conversa não pode ficar para depois já que eu não tenho tanto tempo assim.

— Me explica tudo, por favor, para ficar claro para mim. - eu peço e Ethan afirma

— Como disse antes, meu pai demitiu o Tony pelo que ele fez e disse que só o deixaria voltar se meu irmão se tornasse mais responsável e usou o casamento como exemplo. - ele diz e eu afirmo tentando encaixar tudo na minha cabeça — Tony queria desistir mas eu não o deixei. Faz um mês desde que tudo aconteceu e meu irmão está ficando impaciente.

— Ele sabe que você está me propondo isso? - Ethan nega

— Nem eu sabia que eu iria te propor isso. Só saiu depois de tudo que conversamos hoje, mas ele sabe que eu estou procurando alguém. - ele dá de ombros

— Eu entendo. - eu coloco a mão no rosto e fico pensando sobre tudo isso por um segundo — Você sabe que eu não me encaixo nos padrões do seu irmão, não sabe?

— Como você pode saber disso? - eu bufo

— Deixa eu tentar: loira, alta, magricela, peitos e bunda grande e, claro, sem cérebro. - Ethan ri levemente

— Você está certa. - eu bufo

— Tão típico. Os playboys não são criativos, não tem bom gosto. - eu nego — Sabendo que eu não sou o tipo do seu irmão eu te pergunto: você acha que iriam acreditar nisso?

— Vão acreditar exatamente porque você não faz o estilo do meu irmão. - eu franzo a testa — Aquela velha história de ter se encantado com a doçura da donzela. - ele revira os olhos — Isso que não é criativo.

— E essa seria nossa história? Ele me viu e se encantou por mim? Simples assim?

— Eu o chamaria aqui e isso nos daria nosso primeiro álibi. - eu afirmo — Vocês se conheceriam, assinavam o contrato e, assim que você se formar vamos para Nova York.

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