"Nada está tão ruim que não possa piorar!"
Antony
- A vida deveria ser tão fácil como aquela loira ali. - eu falo pro idiota ao meu lado
- Ou como aquela morena. - ele aponta para a menina na pista de dança - Mas por que você está falando isso? Problemas com seu pai ainda? - eu apenas deixo o ar sair dos meus pulmões
Problemas com meu pai eu tenho desde que me entendo por gente. Eu e meu pai somos muito diferentes, ele não me entende e tem um jeito tão antiquado de pensar. Além do gênio difícil claro.
O ardor do uísque que tomo não abafa os pensamentos que tenho, então foco no agora. No som alto da balada, na loira rebolando na pista de dança e no olhar que ela me dá enquanto faz isso.
E nem parece ser uma quarta feira.
- Outra bebida? - eu afirmo com a cabeça e Noah pede outra dose ao barman - Vai ficar só encarando a loira sem fazer nada? Nem parece o Antony Labarra que eu conheço. - eu apenas sorrio pegando a bebida que o barman me entrega
- Observe. - eu digo virando o copo de uísque
Essa dose parece ter pegado mais do que as outras.
Eu levanto sentindo a balada inteira girar. Noah me segura mas ele parece tão ruim quanto eu. Nós dois rimos mas nem sei se foi tão engraçado assim.
Eu espero a leve tonteira passar para então seguir até o meio da pista de dança. A loira com um sorriso lascivo me recebe com um puxão em meu terno. Eu não nego o beijo que ela me tasca, afinal eu não sou de negar beijos de mulheres assim.
O beijo é quente! Essa menina parece saber muito bem o que fazer e, só em saber isso, fico muito animado. Infelizmente parece que bebi demais pra saber o que fazer sobre isso.
A noite passa como flashes, mal lembro do que acontece depois do beijo. Tudo se mistura. Eu lembro de poucas coisas, de mais bebida, música ainda mais alta, riso, gritaria, luzes nos meus olhos e depois escuridão.
Eu posso estar quase morrendo, posso ter ido dormir às quatro da manhã, mas sempre, todos os dias, meu corpo acorda as cinco da manhã. Talvez por meu pai sempre ter me acordado esse horário quando mais novo pra treinar com ele ou apenas costume, mas aqui estou eu. Morrendo pelo porre que tomei ontem mas acordado as cinco e dois da manhã.
Alguém me mate, por favor! Não vai precisar de muito mais porque minha cabeça parece prestes a explodir a qualquer momento.
Eu levo mais alguns minutos para levantar da cama do que o costume, tenho que ficar alguns minutos debaixo do chuveiro para acordar direito e nem assim acordo. Nem me atrevo a ir a academia hoje, bem capaz de morrer no primeiro peso que tentar levantar.
Desço a escada quase duas horas depois de ter acordado. Estou atrasado pra cacete, se meu pai estivesse em casa eu levaria um esporro daquele. Ainda bem que meu querido papai é um louco controlador que faz tudo no horário certo.
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Nosso Acordo
ChickLitAntony Delucca Labarra, filho de um importante advogado, se vê em um beco sem saída quando seu pai, cansado da vida de farra que seu filho leva, lhe dá um ultimato: ou ele se casa ou ele não assumirá a presidência da Labarra's Advocacy. Do outro lad...