Capítulo 37

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“Familia não é sobre laços de sangue mas sim sobre laços de alma.”

Nunca pensei na mansão Labarra como um lugar sombrio, não até aquele início de tarde de um novembro mais frio do que o normal

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Nunca pensei na mansão Labarra como um lugar sombrio, não até aquele início de tarde de um novembro mais frio do que o normal.

Assim que a mensagem chegou ontem a tarde, nosso primeiro pensamento foi em negar. Não queríamos estar aqui, ainda mais porque eles não se importaram com a Snow o suficiente para visitá-la ou se quer ligar para saber se ela estava bem. Fingimos que a mensagem não existiu até a ligação.

Dona Elena ligou por volta das oito. Eu estava fazendo nossa filha dormir depois de amamentá-la e dar um banho quentinho nela. Antony não quis atender mas o barulho estava irritando a Snow e ele acabou atendendo.

E, após uma chantagem emocional muito pesada para o meu gosto, aqui estamos. Antony não parece muito mais confortável que eu nesse momento, estamos prestes a fugir mas a porta é aberta e uma empregada nos dá espaço para entrarmos.

Infelizmente.

Antony aperta minha mão e assim entramos na mansão. O caminho se torna torturante e quando finalmente chegamos a sala de estar encontro meu amigo ali. Lídia não está, ela ficou com nossa filha, não poderia estar aqui.

— Vocês vieram. - ele diz vindo na nossa direção e ganho um abraço — Eu iria lá ontem mas a Lídia quis me usar como segurador de bolsa oficial de suas idas às compras. - eu sorrio

— Não tem problema. - ele abraça o irmão meio de lado e fico feliz que tudo de ruim ficou para trás

— Você sabe o que querem comigo? - Antony questiona o irmão e Ethan nega — Mamãe disse que eu iria gostar.

— Então deve ser bom. - Ethan se senta e nos chama para o acompanhar — E como está minha sobrinha?

— Cada dia mais linda. - eu digo sorrindo

Ethan e eu começamos uma conversa leve onde o principal ponto é minha filha. Antony não participa muito, ele parece realmente nervoso com esse almoço e eu não gosto de o ver assim.

Dona Elena e o senhor Labarra aparecem quase vinte minutos depois. Acho desnecessário essa espera toda já que o almoço teria horário marcado, mas não falo nada.

— Como estão? - dona Elena pergunta enquanto me abraça superficialmente, acho que ela ainda sente algum rancor pelo nosso último encontro no escritório do Antony

— Bem. - Antony responde quando ela deixa um beijo em sua bochecha

— Achei que conheceria minha neta hoje. - o senhor Labarra fala com um charuto na mão, nunca tinha reparado que ele fuma, talvez seja porque nunca fiquei perto dele mais do que o necessário

— O senhor não demostrou interesse nos últimos dois meses, não achei que iria demostrar agora. - meu marido responde tão afiado que fico com medo dessa reação

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