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Eu gosto quando é só eu e ele, sem distrações, sem dispersões, sem olhares furtivos para alheios ou atenção roubada à outros. Gosto quando é só eu e ele e o carinho na cabeça que ele faz em mim para me aquietar. É como se o toque dele cessasse toda a minha ansiedade. Ele me acalma. Ele também me faz bem.
Respiro fundo e me arrepio com seus dedinhos quentes roçando meu couro cabeludo.
— Você fica vermelho quando eu te toco — ele comenta. Mas tinha que comentar mesmo, Kihyun? Poxa, francamente...
— Impressão sua — a resposta que eu dou faz ele rir. Eu me levanto e tiro a cabeça do seu colo, pois já chegamos.
Eu acho nossos momentos nos carros tão especiais... Ok, com exceção daquele belíssimo dia em que beijei-o sem querer. Na verdade, não foi culpa minha. Ou melhor, não toda. Acho que se Kihyun tivesse dado um grito logo quando minha boca encostou na sua pele, teríamos evitado muita coisa. Aliás, por que será que ele não me acordou logo quando eu comecei a fazer isso? Hm.
— Estou tão cansado... — comento ao sair do carro. Yoo me acompanha.
— Mas você nem fez nada — parece minha mãe falando que não faço nada e vivo cansado.
— Com licença? Você acha que papagaio de pirata não cansa não, é? — estamos caminhando pelo saguão do hotel.
— Não se refira a si mesmo assim — ele me joga um olhar azedo.
— Por que não? Eu não sirvo para mais nada — dou de ombros.
— Mas eu estou falando sério, Changkyun. Tipo... Eu não gosto muito quando você tenta me jogar para cima — ele não está rindo ao falar isso. Do que estamos falando mesmo? Enaltecer Kihyun é o motivo da minha existência, ora bolas!
— Mas eu só fiz isso algumas vezes — me defendo. Quem é que não gosta de ser enaltecido? Kihyun nem humano é, é o amor da minha vida.
— É, só que você costuma menosprezar si mesmo. Eu sei disso — ele pega sua bolsa da minha mão e começa a procurar o cartão de acesso do quarto. — Por que ambos não podemos ser os piratas?
— Dã...? Porque você é a estrela aqui.
— E por que você não pode ser a estrela? — ele finalmente acha o cartão.
— Porque eu só sou um grão de areia e, você, a praia inteira — ele não está vendo que isso está óbvio?
— Você é maravilhoso, Changkyun. Nunca elogie alguém jogando-se para baixo, tampouco jogando outro alguém para baixo. Tudo bem? — ele está realmente me ensinando uma lição. Vou tentar lembrar disso.
— Entendi — concordo com a cabeça. Ele é tão bom comigo que eu chega me desmancho todo nesse olhar gentil dele sobre mim.
Entramos no quarto rapidamente e eu me jogo na cama de cansaço. Acho que estou sentindo dor até onde eu pensei que não sentiria. Esses dias têm sido demasiadamente movimentados e eu estou descansando muito pouco com essa parada de despertador. Finjo olhar para o teto enquanto Kihyun aparentemente pretende tirar a roupa.
Ele está com a mão na calça quando o telefone toca e, apressado, não hesita em atendê-lo. Enquanto ele conversa em francês, escorando-se numa bancada, vai tentando desabotoar a calça com a mão livre e, claramente, tendo dificuldades para fazê-lo. Será que devo ajudá-lo? *Moon face*
— Yah, Kihyun, assim você não vai sair do lugar! — me levanto bruscamente e me aproximo dele. Ele está tão focado na conversa que malmente percebe as minhas intenções.
Eu tenho mesmo que desenhar que quero tirar a roupa dele? Eu espero que não. E quer saber? Dane-se essa parada de ficar perguntando tudo para ele e esperar seu consentimento. Às vezes ele não sabe se realmente quer aquilo e nega só para provar que pode fazer qualquer coisa sozinho ou que não tem muito interesse no que vou fazer. Eu quero tirar a roupa dele.
Aproveitando sua distração, minhas mãos alcançam os botões da sua camisa e propositadamente demoram para desabotoá-la. Enquanto isso, Yoo está estático olhando para mim, não me impedindo nem ajudando. Acho que ele está meio surpreso com isso.
— Sim, eu sei disso— ele responde ao certo alguém no telefone. — Ok, tchau
O telefone é deixado de lado na bancada e eu estou puxando a sua camisa para longe do seu corpo. Agora posso olhá-lo melhor e, meu Deus, eu estava certo o tempo todo sobre o corpo twink dele, eu não estou louco. Sua pele levemente bronzeada é minha mais nova atração e preciso urgentemente desviar o olhar senão vou enlouquecer. Por que fui inventar isso mesmo?
Acho que o termo twinkie se encaixa perfeitamente no que estou vendo agora. E, enquanto Kihyun retira os braços das mangas da camisa, mordo o lábio para conter a vontade de tocá-lo, roçá-lo, beijá-lo...
Ah, Deus... Me meter nesse tipo de situação deveria ser proibido. Estou com o sentimento de que esse corpo ligeiramente atlético e encantadoramente esbelto é como aquela fruta proibida do Éden. Estou louco para pecar.
Sua língua rosada umedece os lábios dele e ele ergue a mão para tirar o cabelo longo do rosto em vão. Minha mão desce para a sua calça e eu empurro seu quadril na direção da bancada. Agora seus olhos perfuram os meus e, nesse excitante jogo, vou abrindo os dois botões numa exacerbada lentidão a qual nunca tinha feito. A mão dele tenta afastar a minha com uma delicadeza tão grande que é impossível não notar que ele fez isso só para dizer que tentou ir contra, mas que no fundo está gostando até demais.
Agora ele está afastando-se da bancada, tentando fugir de mim. Eu não vou deixar isso acontecer.
— Fica aqui, eu quero te ajudar — digo, empurrando seu quadril de volta para bancada e, após descer o zíper, aproximo meu corpo do seu. Acho que isso daqui vai pegar fogo.
Kihyun está descendo o olhar para a proximidade dos nossos corpos, eu seguro seu queixo e ergo sua cabeça para que veja meu rosto. Ele não vai rejeitar o meu beijo, por isso vou lentamente e com cuidado para não assustá-lo, apenas atiçá-lo.
E quer saber de mais uma? Eu acho que é ele quem é maravilhoso.
ᴄᴀғᴇ ᴇᴛ ᴄɪɢᴀʀᴇᴛᴛᴇs •ᴄʜᴀɴɢᴋɪ•
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café et cigarettes ┊ChangKi
Fanfiction"Chɑngkyun preferiɑ cɑfé e cigɑrros ɑ se ɑlimentɑr de verdɑde. Kihyun ɑpenɑs um chef de cozinhɑ formɑdo nɑ Frɑnçɑ, implicɑnte e preocupɑdo" ೃ ⊹ © @TheLastPendragon cover; @AyaWestmacott2