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« contém cena de mediana alusão e/ou apologia sexual. esteja avisado (a). »
As roupas dele cabem perfeitamente em mim. Eu amei essa calça moletom preta. Esfrego o cabelo molhado e arrumo-o todo para trás, com os dedos. Deixo a toalha no meu próprio banheiro e saio em busca de Kihyun. Acho que está no quarto dele, em frente ao meu, porém mais para a a direita. Chego à porta de mansinho, espreitando-me para ele não ver.
— Ficou com saudades de mim? — pergunta do nada, evidenciando que notou minha presença. — Eu sei que você ficou.
— Ta bom, então — sorrio e adentro o cômodo. Tem um cheiro muito forte dele.
Kihyun está sentado à uma escrivaninha, lendo um livro, inclinado sobre um caderno. Além disso, seu MacBook está ligado num site de idiomas. Há duas luminárias ligadas e somente. Sinto um gelinho e concluo que talvez o ar esteja ligado. Então delicadamente me aproximo dele e sento em seu colo.
— Opa, docinho! — ele exclama com uma risada, recostando-se na cadeira e pousando a mão na minha cintura.
— Que você está fazendo? — olho diretamente para o caderno dele e não entendo exatamente nada do que está escrito.
— Estudando italiano, amore mio — beija-me nas costas e puxa-me para suas coxas.
— Vejamos... Ori... Origano? — tento ler, apertando os olhos, enquanto arrepio-me com o carinho que ele me faz na nuca.
— Tem que falar com o sotaque, Changkyun — me diz. Ah, como se eu soubesse fazer sotaque italiano.
— Fale e eu repito — peço. Ele pronuncia e eu tento repetir da mesma maneira.
— Sua pronúncia é muito ruim — ele cai na gargalhada e eu me levanto, para depois sentar de novo, porém virado de lado. A questão é que joguei meu peso todo sobre ele e logo a gargalhada vai embora e dá lugar a uma reclamação. — Ai, que merda, Changkyun!
Sorrio feliz da vida e levanto-me de novo, sentando com cuidado de costas para ele, como outrora. Volto a dar uma olhada no caderno de italiano dele e coloco algumas palavras no Google Tradutor — até porque ninguém é de ferro.
— Você não está me deixando estudar, Changkyun — reclama, enfiando o rosto na curva do meu pescoço. Quando foi que ficamos assim?
— Você que não está me deixando estudar — me remexo no seu colo, fugindo das cócegas que ele está tentando fazer na minha barriga. — Você sabia que "buongiorno " significa "bom dia"?
— Oh, meu Deus, que surpresa! — decide atuar, todo irônico. Eu rio por conta disso, mas mordo o lábio ao sentir sua mão por dentro da minha camisa. — Terminou de interromper meus estudos?
— Não — agora pego o livro que ele estava lendo. É um dicionário inglês-italiano. — Uh, olha só que palavra engraçada: prosciutto.
— Presunto — ele me traduz. Me arrepio com sua unha levemente arranhando meu peitoral.
— Ah, sim. Pensei outra coisa — rio baixinho e me inclino em direção a mesa. Feliz da vida em ter uma certa intimidade com ele, pego uma caneta e passo a anotar no caderno algumas palavras legais que encontro no dicionário.
— Changkyun— me chama. Eu respondo com "hm" e faço uma letra bonita ao escrever aiuto (socorro/ajuda). — Senta direito, vai.
— Por quê? Eu estou escrevendo, você não está vendo? — troco a caneta preta para uma azul e começo a escrever colazione (café da manhã) com uma caligrafia diferente.
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café et cigarettes ┊ChangKi
Fanfic"Chɑngkyun preferiɑ cɑfé e cigɑrros ɑ se ɑlimentɑr de verdɑde. Kihyun ɑpenɑs um chef de cozinhɑ formɑdo nɑ Frɑnçɑ, implicɑnte e preocupɑdo" ೃ ⊹ © @TheLastPendragon cover; @AyaWestmacott2