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Tão bom ficar grudado no seu corpo. Ele me abraçando por trás como adora e eu mais ainda. Pra mim é o lugar perfeito e com a pessoa perfeita.
—Poxa... Renan, eu te adoro tanto. Mesmo quando tenho vontade de te dar uns pescotapas.
— Ai. Minha bunda! Não pode bater no pescoço, aí desconta no meu traseiro?
— Essa abundância é pra tomar tapa mesmo. Ei, amor, fica morando aqui. Porque tenho que te levar? Te dei dois meses pra organizar tudo e já me arrependi.
— Não eram três? Ansioso tu és, meu querido. Mas vou conversar com minha mãe hoje... Então... não vai dar pra fazer a cerimônia por enquanto. Tenho medo que meu pai tenha a recaída. E quero a presença deles, minha família e a sua, uma meia dúzia de amigos nossos e só.
— Quando tu achar que deve, entendeu? Não fica chateado com o que vou falar, mas essa coisa de cerimônia, eu não ligo muito e só tô entrando na tua porque tu faz questão.
Viro rápido pra abraçar essa pessoa que eu adoro tanto. Antes de um beijo, preciso olhar pra ele e grudar as mãos no seu peitão peludo, forte e quente. Damos um beijo com saudade, outro beijo carinhoso e demorado, lábios coladinhos, respirando o mesmo gás carbônico que expiramos. Ele ri e aperta minha cintura.
— Tu tens personalidade forte. Eu respeito, mas ameniza só um pouco com relação àquele assunto do teu trabalho. Eu me sinto mal ao ouvir aquilo. Tenho ciúme do Luiz e ponto final e já odeio o Anísio sem conhecer. Porra... e se ele é um cara legal?
— Não é mesmo. Ele comentou com a minha colega Mary que sou um viadinho irritante e que não sei me virar sozinho, fico perturbando ele o tempo todo.
— Que gentinha fofoqueira! Ignora. Não entra nessa, eu já te falei, não desconta nele a raiva. O mundo dá voltas Renan, amanhã ele vai precisar de você...
— Hahaha! Lindo isso! Você quando tá de "ovo virado" desce a ripa sem olhar onde pega.
— Não é a mesma coisa. É essa sua raiva de alguns colegas. Nem todo mundo consegue te acompanhar e vai saber se não te acham nojento também. Olha o Dionísio.
— Anísio, o nome da "celebridade". Não vim ao mundo pra agradar mesmo. Vou sentir raiva dele sim e quando o jogo virar, ele vai saborear minha arrogância num prato chique da própria soberba no melhor estilo leonino... "Não tenho paciência pra quem tá começando"
Parecemos dois tolos tendo ataque de risos o que demora pra acalmar. Mas ele não desiste de provocar:
— Oh dona Suzana Vieira! — adoro quando ele me chama assim — Não sou lá a melhor pessoa pra dar conselho. Mas seja ariano, libriano, aquariano ou o que for, a pessoa tem que ter sensatez, relevar às vezes porque usar essa de signo pra justificar as coisas é meio imaturo.
— Tô dizendo... sinceridade sempre.
— Amém. E contigo é toma lá da cá. Acho que é uma das coisas que mais me atrai em você. Não tem medo de tomar cacetada porque além de me alertar quando exagero, ainda me dá umas patadas de cortesia.
— O que mais é atraente?
— O deboche.
— Nossa. Só isso?
— É truculento, prepotente e convencido também.
— Desisto porque tá ficando hardcore demais. Amor, tu chegou a pensar em terminar comigo? — eu tenho medo, sinceramente, da resposta.
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Sol e Marte
RomanceFinalizado! Romance LGBT. Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler esta história em seu formulário...