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Depois de uns quilômetros caminhando solitário pelo deserto, do que eu precisava? Do suor de outro macho sobre meu corpo. O sabor do beijo dele na minha boca. Daquela pele firme e lisa nos meus dentes. Sua voz, o abraço carinhoso, o beijo manhoso e a fala tranquila de moço caipira.
Achar um lugar pra matar o desespero de ambos foi primordial. Mesmo que eu dê muito valor para um romantismo, uns beijos e a safadeza crescente, não dava para esperar. Nem teve espaço para muitos complexos meus quando ele tirou minha camisa, depois de eu quase ter arrancado a sua.
— Diacho de chupada forte. Morde esse peito, puto... — mordi muito tendo certeza de que ele sairia dolorido e os mamilos, eu chupei com tanta fome que ficaram mais bicudos. Já ele satisfez sua tara de meter a cara no meio da minha bunda e chupar meu cuzinho sem pressa. E eu realizei minha fantasia de ser punido por um macho brincando de papai, estapeando minha bunda e a adorando ao mesmo tempo. E sua adoração a essa parte do meu corpo inflava tanto meu ego ao ponto de eu sentir prazer sexual só ouvir seus elogios e sentir sua lambidas molhadas. — Um rabo desses... bem redondinho... tesão...
Leandro praticamente lambeu toda a porção de pele da minha bunda, me deixando de pau duro e em contrapartida, lhe dei todo o sexo oral que ele aguentou e finalmente fui penetrado de ladinho. Que metida gostosa. Sou obrigado a comentar que o tamanho do seu membro era perfeito para meter de leve ou com força. Ele percebeu o quanto me agradava, conseguindo com isso socar inteira aquela rola. Até as duas da matina gozei três vezes. Na última pedi um arrego.
— Namora comigo Lê... — pergunto exausto deitando a cabeça no seu peito.
— Aham... — achei pouco o entusiasmo, mas deve ser pelo cansaço que dei no homem. Aliás, a pernoite de motel foi muito bem aproveitada, pois transamos desde que entramos na suíte até ele comentar comigo depois do último banho, que já eram dez horas da manhã:
— Já cansou? — Lê tira sarro ao me abraçar.
— Sério? Eu tô com as pernas trêmulas. Vou chegar em casa pro almoço e levar uma bronca.
— Ih, te entendo bem e olha que tenho quase trinta... É uma cobrança, Jesus Cristinho.
— Já pensou em morar fora longe deles?
— Não sei...
— Não quero ser interpretado como egoísta... é que não consigo nem pensar que daqui há dois dias que vão passar voando, você vai embora de novo.
Sem me responder, Leandro apenas continua abraçado no meu corpo. Rio de uma piada interna que ele me faz contar, nada demais, só me imaginei contando à família o motivo pelo qual eu dormi fora. Não que seria engraçado expor minha intimidade, mas pelas caras de horror quando que dissesse: "Desculpa a hora família, esse moço me deu um cansaço tão grande que preciso por minha bunda na salmoura, com licença."
— Cê nem é louco. Tomo um tiro do seu pai.
— Podia ir junto pra eu te apresentar. Falo que é meu amigo. — falei meio na brincadeira querendo que ele topasse, porém o homem muda o rumo da prosa.
— Como chama eles?
— Dona Sandra Regina e o seu Roberto, meu papi.
— Regina? — Leandro começa rir e toma um esporro meu. Onde já se viu, rir no nome da mãe de uma pessoa na cara dessa pessoa — A minha é Alda Regina.
— Ah! — também rio pelo fato da coincidência e idênticos à duas hienas faceiras, vamos embora finalmente. Não queria ir pra casa e quase não suportei aquele pouquinho de saudade até o final da tarde. Eu precisava dormir, mas não conseguia e nem me importava com sono. Quem precisa dormir quando tem alguém com quem se quer gastar mais de vinte e nove horas por dia?
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Sol e Marte
RomanceFinalizado! Romance LGBT. Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler esta história em seu formulário...