17 de Dezembro de 2038 – 01:00 PM.
Residência de Hank Anderson.
Sumo estava extasiado ao rever seu dono após todos esses dias separados. Assim que chegaram em casa, o São Bernardo trotou ao redor do tenente com o rabo abanando como uma hélice e correu pela casa choramingando sem saber o que fazer. Nove foi obrigado a segurar a grande bola de pelos antes que ele acabasse derrubando Hank em meio a sua animação.
— Eu também senti sua falta, vira-lata. — Hank disse amorosamente enquanto coçava as orelhas de Sumo, quando finalmente conseguiu sentar-se no sofá com a perna quebrada apoiada sobre a mesinha de centro.
Mais tarde, Connor ajudou o tenente a mudar-se para o quarto, e Sumo o seguiu. O cachorro se recusava a deixar o lado de seu dono, como se temesse que o homem pudesse desaparecer novamente. Ele deitou-se na cama ao lado de Hank enquanto o tenente lia mais um capítulo do livro que Nove havia lhe dado de presente.
Enquanto isso, os androides estavam na cozinha. Connor não precisou convidar Nove para que o ajudasse com os preparativos para o almoço, o próprio RK900 se ofereceu de bom grado, picando os ingredientes da sopa de legumes em quadradinhos perfeitos.
— Pneumonia?
— Segundo minhas análises... sim. — os dois estavam falando sobre o detetive Reed.
Antes de irem ao hospital naquela manhã para buscarem o tenente, Nove recebeu uma mensagem do capitão Fowler dizendo que Gavin não havia aparecido na delegacia. O jovem detetive sem dúvida era uma pessoa difícil de lidar, mas nunca se atrasou ou faltou um dia de trabalho, então o RK900 decidiu passar no apartamento de Gavin pra ver o que estava acontecendo. Nove então encontrou o homem ainda pior do que no dia anterior; ele estava ardendo em febre e o que era "apenas uma gripe" tinha evoluído para algo mais complicado.
Resultado: Detetive Gavin Reed também estava de licença médica.
— Isso é um problema sério. — Connor encosta-se contra a bancada com os braços cruzados e um olhar pensativo — Não podemos prosseguir com a investigação sem nossos parceiros humanos.
— Não podemos continuar sem eles? — Nove franze as sobrancelhas confuso, deixando a faca de lado e encostando-se contra a bancada ao lado de Connor — Apenas você e eu?
— Não, nós ainda não temos autoridade para liderar uma investigação.
— O que quer dizer? — Nove tomba a cabeça como um cachorrinho curioso — Não somos detetives?
— Eles são os investigadores, mas nós... bem... — Connor encolhe os ombros, soando desapontado — No papel ainda somos considerados como ferramentas.
— Pensei que a revolução havia mudado nosso posicionamento no mercado de trabalho. — o RK900 parece um pouco aborrecido.
— A revolução foi a apenas um mês, Nove. — Connor suspira, cruzando os pés — Markus e os outros ainda estão tentando resolver isso.
— Mas nós trabalhamos para o DPD.
— Sem carteira assinada e não temos credenciais.
— Apenas ferramentas... — Nove resmunga, cruzando os braços como Connor.
— Por enquanto. Sim. — os dois ficam olhando para o nada por alguns longos segundos.
— Merda. — o RK900 xinga ganhando um olhar surpreso e estupefato de seu antecessor, mas ele parece não registrar, mais interessado a voltar a picar a abobrinha — Espero que o capitão Fowler tenha uma solução para isso. — Nove prossegue, ignorando Connor completamente — Não podemos parar com a investigação agora que finalmente sabemos quem está por trás de tudo isso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu, Amor (EM HIATO TEMPORÁRIO)
FanficOs androides venceram a batalha por Detroit, mas o preço de sua vitória foi alto. Dentre as vítimas, estava Simon, que sacrificou sua própria vida para salvar a de Markus. Sentindo-se culpado, Markus está disposto a fazer o que for preciso para traz...