Capítulo 4

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Lincoln Kngith

  Quando Amber disse que viria aqui e eu conheceria a melhor amiga, não imaginei que a garota fosse uma menina mulher, com opiniões formadas e tão linda. Ela me ganhou quando enfrentou Katherine de maneira tão educada mas ao mesmo tempo adulta.

   E ao passar pelo quarto da minha filha, e ouvi-la dizer que fazia um excelente trabalho com a língua, isso me fez pensar coisas que eu não deveria. E agora, a menina me olhava corada como um pimentão, não conseguia me encarar.

  — Pai ! Estava escutando nossa conversa ?! — Amber me jogou uma almofada para limpar a barra da amiga

  — Não, estava passando por aqui e escutei, não é culpa minha — Dei risada.

Me aproximei da garota que olhava para qualquer lugar que não fosse para mim, mas logo virou o seu rosto e me encarou como se ali, estivesse uma mulher adulta, levantei uma sobrancelha, impressionado.

  — Me desculpa Lola, não queria te constranger, estava só brincando, o que faz ou não com a língua não é da minha conta — Mas poderia ser.

— Está tudo bem tio Lincoln — O que está havendo comigo ? Os amigos de Amber me chamam de tio, mas quando ela chama, parece...provocante.

— Quer uma carona para casa ? — Ofereci querendo que ela aceitasse

— Lola vai dormir aqui hoje, pai — Amber a olhou

— Eu vou ? — A menina a minha frente olhou confusa e interrogativa para a minha filha

— Vai — Dei risada, Amber era como eu, não aceitava uma resposta negativa, quando dizia algo, era aquilo e ponto final.

— Bom, vou estar no escritório, se precisarem de algo, me chamem  — Disse saindo dali, porque começava a pensar demais naquela garota e não fazia nem vinte e quatro horas que havíamos nos conhecido.

***Lola Carter**

  — Não avisei aos meus pais que dormiria aqui Amber — Me joguei na cama

— Eu acabei de mandar uma mensagem para um deles — Disse jogando o celular na cama

— Me arrependo as vezes de ter ficado tão bêbada a ponto de ter que passar o contato dos meus pais pra você — Ela me mostrou o dedo do meio — Enfia no toba — Rimos como doidas — Quero tomar um banho para dormir — Peguei uma toalha e um pijama dela no guarda roupa junto com uma troca de roupas íntimas novas.

  — Abusada, essa langerie foi cara

— Compra outra — Saí do quarto indo em direção ao banheiro principal pois ela usaria o do quarto.

[...]

   Acordei com Amber pulando em cima de mim como uma doida.

— Saii sua girafa gorda ! — A empurrei para o lado

— Anda, acorda é hora da tortura ! — Me deu tapas

— Amber eu vou quebrar a sua cara se você não parar ! Me deixa dormir — Revirei os olhos porque estava muito claro o quarto — E fecha essa cortina.

— Sinto muito senhorita, mas você é uma detenta da prisão particular da Califórnia e no momento os detentos estão sendo convocados a comparecerem no local — Ela voltou a pular em cima de mim 

— Manda a escola pro quintos dos infernos — A empurrei novamente

— Que boca suja ! — Aquela voz grave ecoou nos meus ouvidos e rapidamente eu abri os meus olhos.

Agora o quarto cheirava a colônia masculina e ali estava ele, com uma camisa social na cor vinho que o deixava ainda mais lindo ( se é que isso é possível ) a calça também social marcava um volume que eu não pude deixar de observar. Quando percebi que estava observando demais, olhei para o outro lado, tarde demais, ele já havia visto.

Uma breve risada preencheu o local e depois novamente a voz.

— Estou indo até a filial da Company, não demorem ou se atrasarão para o colégio — E então saiu deixando no ar o seu cheiro másculo.

Me joguei na cama olhando para o teto, como ele pode ser tão gostoso ?

O Pai da Minha Melhor Amiga [ CONCLUÍDA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora