Capítulo 7

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   Lola Carter

As férias se aproximavam cada vez mais, e eu estava ainda mais ansiosa, o colégio estava me matando, e eu não via a hora de acordar mais tarde. Hoje era uma quarta feira, eu estava tomando café sozinha, mas logo meus pais desceram.

  — Oi gatinha — me deram um beijo na testa

— Oi — Sorri

— Não está atrasada para a escola ? — James me olhou

— Hm...eu queria saber...se vocês me deixariam faltar hoje — Olhei para James que sempre me mimava mais que Alisson

— Alisson, vamos deixa-la ficar em casa hoje — Sorri

— Obrigada !! — Fui até eles e beijei cada um deles na bochecha, logo eles saíram para trabalhar e eu fui dormir mais um pouco mas antes mandei uma mensagem para Amber.

  Lola : Oi gata, sinto em te dizer mas papai me deixou ficar em casa hoje, então não comparecerei

  Melhor Amiga : Sua carniça ! Vai me deixar sozinha naquele lugar tóxico, pelo menos trate de ir pegar a nossa cartolina na minha casa, depois da escola passarei aí para fazermos aquele trabalho de biologia

Desliguei o celular e dormi, sei onde fica a chave reserva então depois iria lá.

[...]

  Acordei onze e meia da manhã, sem fome, levantei e olhei algumas redes sociais, desci e me sentei, lembrando minutos depois que eu tinha que ir buscar a cartolina na casa de Amber porque a bonita esqueceu.

Subi tomei um banho, coloquei um short jeans e vesti uma camisa do Léo que ele havia me dado, ainda tinha o cheiro de sua colônia e ficava um pouco para baixo das coxas cobrindo o short. Deixei meus cabelos soltos, então saí, peguei o carro do papai e fui em direção a casa de Amber.

  Poucos minutos depois estacionei na frente da casa dela e, logo estava no hall, peguei a chave reserva no esconderijo, e entrei, bati a porta sem querer e bufando comecei a subir as escadas. Arrumando minha camisa subia sem prestar atenção, quando uma parede de músculos me atingiu, mas logo fui puxada e meu corpo se colou ao dele.

— Caralho garota, você me assustou, pensei que fosse um ladrão — Ainda estávamos próximos demais, tão próximos...ele era tão alto que eu tinha que levantar a cabeça para olha-lo

— Me desculpa, eu não queria te assustar — Disse sem tirar os meus olhos dos dele

— Como entrou aqui e o que veio fazer ? — Sua mão na minha cintura deu um aperto e logo me senti ficar excitada.

  — Peguei a chave reserva e vim buscar uma cartolina no quarto da Amber, falando nisso, preciso ir — Saí de perto dele e segui para o quarto, a cartolina estava em cima da mesa, a porta se abriu e quando me virei ele estava ali.

  Então ele se aproximou sem dizer nada, pegou em meu braço com força e me colou na parede. Ofegante ele me encarava sem falar nada e o seu cheiro estava me enlouquecendo.

— Tio....o que...está fazendo ? — Eu disse o olhando.

— Ah menina....você me enlouquece tanto....— Passou o dedo pelos meus lábios e eu o chupei — Caralho ! Isso é tão errado — Se afastou com as mãos na cabeça e eu continuei ali, então se virou e me encarou — Foda-se ! — Me prensou de novo e me beijou.

  Eu estava perplexa, mas logo me acostumei a aquele beijo cheio de fogo, era o melhor beijo da minha vida, segurei em sua nuca enquanto sua língua se encaixava com a minha, suas mãos me ergueram e coloquei minhas pernas ao redor de sua cintura.

Uma de suas mãos foi ao meu cabelo puxando com força mas sem me machucar, aquilo era gostoso, muito gostoso. Mas a minha consciência pesou e eu pulei de seu colo para o chão, o afastando contra vontade.
  
  Com os olhos focados no chão, eu ofegava e só conseguia pensar em Amber, e em como ela se decepcionaria se soubesse disso.

  — Desculpe, não podemos — Saí de lá sem olhar para trás ouvindo ele gritar o meu nome.

[...]

  Em casa, eu não conseguia parar de pensar naquele beijo, nunca senti nada parecido, o desejo, a forma como o beijo era desesperado por mais contato. Ainda não acredito que realmente aconteceu, eu tenho mesmo que parar com isso já.

  Naquele mesmo dia mais tarde, Amber chegou em casa e eu não conseguia olhar para ela depois do que eu havia feito, ela perguntou várias vezes o que eu tinha e eu disse que estava estressada por estar quase na época de menstruar. Fizemos o trabalho e ela foi embora sem antes me abraçar e dizer que me amava, e eu disse o mesmo me sentindo a pior pessoa do universo.

Passei a tarde toda com ela, e quando foi embora as sete da noite, tratei de almoçar, tomar um banho e então me deitei, e aquele beijo ainda estava na minha mente, o gosto de seus lábios e a habilidade de suas mãos, podia sentir queimar os lugares que ele apertou e ainda estava inebriada.

  Meu celular apitou e eu pensei que pudesse ser Amber, mas quando olhei as mensagens fiquei surpresa e meu coração acelerou.

  Número desconhecido : Lolita, precisamos conversar, estou aqui na esquina te esperando com o carro ligado, desça em quinze minutos

  Não sabia se ia, ou não, estava perplexa pela ousadia dele, meu coração dizia para ir, mas a consciência para ficar.

O Pai da Minha Melhor Amiga [ CONCLUÍDA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora