Enfim abrimos a porta e altos muros de pedra, cheios de musgos, se materializaram a nossa frente.
— É, meus caros amigos, temos um labirinto. — falou Adam.
Ainda na porta podíamos ver que se seguia inúmeros corredores. Todos levando a destinos aparentemente diferentes, mas a sensação que habitava cada um deles era de que todos guardavam perigos — dos mais inimagináveis possíveis.
— Não gosto da ideia de andarmos às cegas nesse labirinto, quem sabe o que esses corredores guardam? Também não penso que a referência a Pac-Man se tratava apenas dessa fase ser um labirinto. No jogo existem fantasmas também, não é mesmo? — falou Adam novamente e eu apenas balancei a cabeça concordando.
— O que pensa que vai ter aí? — Ava perguntou.
— Não sei, mais armadilhas talvez? — Adam respondeu.
— Talvez… Mas o que vamos fazer? Geralmente em um labirinto é comum se andar às cegas — Falei.
— Posso fazer um reconhecimento e depois volto com algumas informações, um pouco delas não iria causar mal.
— É uma boa ideia — afirmou minha amiga.
E assim Adam foi, entrou em um dos corredores e seguiu.
— Ah! quase esqueci. Quando estava saindo da sala de computadores, passei por algumas mesas sem agentes, havia alguns microfones largados e eu os trouxe. Podem ser úteis. — falou Ava.
— Foi uma boa ideia, mas não acho bom usarmos agora. Não sabemos o que pode ter no labirinto, podemos ser pegos por conta deles, é bom esperarmos pra saber mais.
Eu e Ava continuamos ali, esperando. Depois de alguns minutos nosso pequeno amigo francês voltou.
— Vocês não vão acreditar na quantidade de guardas armados que esse lugar tem. Vi alguns perto daqui. A equipe do Richard estava tentando passar por eles, Draw fez barulho demais e um dos guardas o avistou, não demorou um minuto e ele estava com uma bala no abdômen e roncando no chão.
— FIUUU — assobiou Ava. — Ainda bem que você foi primeiro ou estaríamos dormindo agora também.
— Acho bom irmos logo, afinal, não penso que as outras equipes vão esperar. Como esses guardas vão estar nos rondando creio que é bom você ir à frente Adam, já que conhece um pouco mais o caminho. Eu e Ava logo atrás, assim não ficamos tão vulneráveis — sugeri.
— É uma boa ideia.
Adentramos um dos corredores em perfeito silêncio, acostumados cada um com os movimentos do outro. Um corredor à esquerda e outro à direita, tudo estava correndo bem. Nenhum guarda havia se aproximado, até que os ouvimos chegando, paramos todos no mesmo instante. Minha respiração passou de normal para quase inexistente em poucos segundos, cada músculo do meu corpo estava retesado.
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Spy 17
AdventureLIVRO 1 Susanna Armstrong é uma das espiãs mais reconhecidas e respeitadas da AIDEM (Agência de Inteligência de Defesa e Espionagem Mundial). Ela é extremamente aplicada e uma das melhores em todo mundo, tendo portanto, uma vida muito agitada. Tudo...