Capítulo 13: Um bilhete.

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O silêncio foi a resposta da moça e com isso respirei profundamente enquanto me preparava para correr…

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O silêncio foi a resposta da moça e com isso respirei profundamente enquanto me preparava para correr…

“Tomara que isso dê certo” pensei, todo filosismo havia passado e dado lugar à pura adrenalina.

Um passo após outro, todos apressados, me levaram para o corredor à direita de onde todos estavam. De maneira taciturna me encostei na parede, tirei um dos meus sapatos e joguei com força para o outro lado da parede. Não esperei nem mesmo pelo barulho do encontro repentino com o chão e saí em disparada para o outro túnel. Havia começado.

Esperava com todas as forças do meu corpo que aqueles preciosos 5 segundos ainda não tivessem passado e saí da cobertura do túnel à direita de Adam. Encontrei todos olhando curiosamente e apontando suas armas para o túnel que eu há pouco estava, todos alheios de onde verdadeiramente vinha o perigo.

— Agora, Adam!!! — gritei a plenos pulmões.

Eu e meu amigo disparamos as balas vigorosamente contra o grupo a nossa frente. Poderíamos ter os vencido facilmente, se a lei de Newton quanto a ação e reação estivesse enganada; pena que não, aquele inglês estava perfeitamente correto. Eles nos contra-atacaram com outra saraivada, mesmo que alguns deles já estivessem estirados no chão, a resposta veio em peso. Conseguimos um bom esconderijo e mais algumas balas bem atiradas se mostraram eficientes, só restavam Liana, Kira e George, talvez os melhores atiradores. Foi então que o pior aconteceu, nossa munição acabou; inerente a necessidade existente.

— De onde surgiu a ideia de jogar um sapato, senhorita Susanna? — ele disse em voz baixa, obviamente se divertindo com o que havia ocorrido.

Lhe lancei um sorriso travesso e disse:

— Não faço a mínima ideia — imitando exatamente a resposta que mais cedo havia recebido e continuei depois de uma olhada nas três pessoas que estavam um pouco mais afastadas na arena — Não acho que vamos ganhar esse ano, eles vão acabar percebendo que nossa munição acabou.

— É verdade, mas tudo bem, ninguém pode nos acusar de que não saímos de alguns problemas de maneira muito criativa. — disse ele sorrindo.

— Isso sim — lhe devolvi o gesto.

Não demorou para que nosso irremediável destino acontecesse, eles perceberam o silêncio.

Kira se levantou ainda meio duvidosa, mas ao nos ver sua postura mudou e ela tomou um ar inegavelmente mais confiante.

 — Ficaram sem balas, meninos? Su, você realmente se superou, de verdade, meus parabéns! Mas agora acabou, levantem-se. Mãos na cabeça.

E assim nos levantamos, assim como Kira havia falado, não tínhamos outra opção.

— Foi uma boa competição — George falou, pela primeira vez na conversa, enquanto apontava a arma para nós.

Fechei os olhos calmamente e esperei pela bala, ouvi seu som, mas nunca senti seu impacto. Quando abri as pálpebras novamente, o que vi foi Ava atrás dos atiradores com uma arma na mão, alguns segundos se passaram e os outros dois estavam no chão. Ela sorriu e falou:

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