LIVRO 1
Susanna Armstrong é uma das espiãs mais reconhecidas e respeitadas da AIDEM (Agência de Inteligência de Defesa e Espionagem Mundial). Ela é extremamente aplicada e uma das melhores em todo mundo, tendo portanto, uma vida muito agitada.
Tudo...
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Fazia quatro dias que eu recebera a notícia e já estava bem melhor. Quando a ficha finalmente caiu.
“Oh céus, agora que eu percebi tenho um irmão! Senhor, sei que pedi por muito tempo um irmão mais velho, mas não era isso que eu tinha em mente.”
Eu estava em minha cama quando ouvi o característico som da porta sendo aberta. Eram dez da manhã, tarde demais para Peter trazer o café e muito cedo para o almoço.
— Oi, Susanna! Vamos dar uma volta? — falou Liam entrando na sala.
— Tenho escolha? — perguntei.
Liam pareceu pensar um pouco e respondeu:
— Na verdade, não.
— Então…
— Já ouviu falar de educação? — ele perguntou sarcasticamente.
— Não acredito que é você que está falando essa pergunta — respondi sem acreditar.
— Deixe isso para lá. Venha aqui colocar sua pulseira de viagem.
— Pulseira de viagem? Isso são algemas. — Falei o encarando.
— Prefiro pulseiras de viagem — sorriu ele.
Levantei e fui até ele, já que não tinha muita escolha.
— Pulsos para frente, por favor — ele pediu com uma voz educada.
— Não é mais fácil se livrar dela quando está nessa posição? — perguntei a Liam. Sei que desperdiçar uma chance é ruim, mas fugir do seu irmão por desatenção dele é constrangedor.
— Talvez, mas vou ficar de olho em você. E não tente nenhum truque — vi uma centelha de divertimento em seus olhos.
— Prometo me comportar — falei mostrando os pulsos. O toque gélido do metal ao tocar na pele me lembrou de muitas situações que havia vivido como aquela.
Saímos da sala branca, e pude ver os dois homens que estavam fazendo guarda na porta.
— Senhores — falei, mas ninguém me respondeu.
“Podiam ser um pouco mais educados.”
Liam me levou pelos corredores, os quais fui memorizando detalhadamente. Saímos da ala que eu estava, passamos por uma sala de limpeza e chegamos a parte principal da ACM. Homens e mulheres transitavam por nós e me encaravam não muito gentilmente.
Chegamos a nova praça de alimentação com algumas mesas e uma lanchonete.
— Vocês têm uma Starbucks? — falei atônita.
— Sim, por quê a surpresa? Somos pessoas comuns Susanna.
“ Claro, tirando a parte que são ladrões e assassinos. Super comum!”
