Capítulo 5

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Revisado

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    Chego em casa e como sempre nesses últimos 3 anos, sem nenhuma música e nem cheiro de comida quente.

    Tá aí outra coisa, além de tudo o que Kat fazia ela ainda amava cozinhar, não fazia nenhum prato gourmet ou apresentação super decorada, eram coisas normais, só que ela fazia com tanto amor que até o prato mais simples ficava maravilhoso.

   Quando ela sumiu tive que aprender a cozinhar e acabei descobrindo que sou até que bom na cozinha, digamos que razoável. Tudo bem que eu sempre que podia a ajudava, mas não era cozinhando de fato, era misturando algo aqui, ou cortando, ou jogando o que eu cortei dentro da panela e misturando, essas coisas.

    No começo eu só queria me render eternamente no fast-food, mas sendo um policial você precisa manter a forma, sem contar que nem dinheiro suficiente para consumir lanches todos os dias eu tenho. Uma vez ou outra até que vai, mas todos os dias?! Onde minha saúde estaria hoje?!

    A primeira coisa que faço é subir até o quarto para tomar um bom banho gelado, esfriar, literalmente, a cabeça e depois, só depois disso, eu consigo fazer qualquer coisa.

    Desde o dia que o Marcos praticamente me tirou a força da delegacia e me forçou a vir para casa tomar um banho nunca mais consegui fazer nada sem um bom banho gelado primeiro.

    Lembro daquele dia como se fosse hoje. Eu estava devastado. Meu desespero em fazer de tudo para acabar com aquele homem e achar minha mulher era tão grande que eu simplesmente perdi a razão.

    Mas graças a Deus eu tenho o Marcos. Se não fosse por ele, e Deus, claro, não tenho ideia de qual seria o meu estado hoje. Do jeito que eu estava, era capaz de acabar afastando todos ao meu redor e me consumir de raiva por tudo e todos.

    Isso era uma coisa que a Kat sempre falava. Toda vez que eu ficava estressado ou triste, eu me fechava, não deixava ninguém ficar perto, precisava ficar sozinho. E ela era a única que, às vezes, conseguia me acalmar, ou entrar na minha cabeça dura e me fazer enxergar que ficar sozinho nem sempre é a melhor opção. Mas mesmo assim, eu já me fechei tanto que até ela, morando na mesma casa, dormindo no mesmo quarto, eu consegui deixar de fora. Lembro que apesar disso, mesmo com raiva ela me compreendeu. Sabia que eu estava sofrendo. Isso foi assim que minha mãe morreu.

    Nunca tive um relacionamento muito próximo com o meu pai, mas com a minha mãe, era completamente diferente. Eu vivia junto dela, ia até ao supermercado, só para estar com ela.

    Quando aquele acidente levou minha mãe e meu irmão, eu fiquei devastado, não só eu, mas meu pai também. E eu queria me fechar cada vez mais, mas foi a Kat que me fez enxergar que não era só eu que estava mal.

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