Capítulo 16

596 62 1
                                    


Revisado

Revisado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


    — Não pode ser possível, tem que ter alguma coisa!

    Acho que acabei assustando quem quer que estivesse do outro lado da linha, e confesso que até eu.

    Nessa mesma hora Marcos entrou na sala com uma caneca de café e também se assustou.

    — Desculpe senhor, mas não deixaram nada, não tem o que fazer.

    — Claro, eu entendo. Desculpa eu me exaltei um pouco. De qualquer forma, obrigado.

    — Não foi nada, tenha uma boa tarde.

    — Para você também. — Falo e encerro a chamada.

    — Pelo visto não obteve muito sucesso com sua ligação — falou me estendendo uma caneca de café. — O que houve agora?

    — Só mais uma tentativa falha de a encontrar. — Falei pegando a caneca de sua mão.

    — A gente vai achar ela!

    — Eu espero. Mas o que o trouxe aqui?

    — Você me conhece bem o suficiente para saber que eu não preciso de motivos para sair de minha mesa.

    — E infelizmente, eu sempre sou a vitima.

    — Mas para disfarçar, posso lhe informar que a Senhora de Lucca, está cada vez melhor.

    — Que bom. Pensando bem, poderia até te confundir com aquelas senhoras que ficam na janela apenas observando.

    — Está querendo dizer que sou fofoqueiro? Mas de qualquer forma vou receber como um elogio.

    — Se a carapuça serviu... e eu não veria como um.

    — Somos de uma cidade pequena, é inevitável.

    — Você sempre usa essa mesma desculpa.

    — O que posso fazer, somos de uma cidade pequena! — Rimos.

    — Senhor Dávilla, acho bom que não esteja fugindo de seus trabalhos —Disse o xerife aparecendo na porta.

    — Não senhor!

    — Assim espero. Muller, alguma notícia? — Se referiu a minha busca por Kat.

    — Não senhor.

    — Sinto muito. Bom, vim aqui avisar que a nova inspetora chefe chegou, e espero que esteja tudo em ordem por aqui. Não se esqueçam que assim que ela se instalar, quero todos no pátio pois irei dar um aviso, então estejam lá!

    — Sim senhor! — Respondemos em uníssono e logo depois ele saiu.

    — Ouvi dizer que ela é mais dura que um sargento. Mas já é de se esperar, afinal, é filha de militar. Concordo que achei o sobrenome familiar.

    — É claro que ouviu dizer, é você não é mesmo? — Sou irônico. — E sim, ela é filha de militar, mais especificamente, do ex-General Fernandes. — Falo enquanto me sentava e arrumava a mesa.

    — Fernandes, o general Fernandes?

    — O próprio!

    Ouvimos uma voz feminina da porta e imediatamente viramos, nos deparando com a nova inspetora.

    Pelo visto estão gostando de entrar em minha sala hoje.

    — Inspetora. — A cumprimentamos com um manejo de cabeça.

    — Suponho que essa sala não seja compartilhada, já que só tem uma mesa.

    — Não senhora. — Respondemos.

    — Suponho também que essa mesa não pertence a você, senhor Dávilla, já que não é seu nome que está na porta. — Sua postura era inacreditavelmente rígida.

    — Não senhora.

    — Pois bem. Espero que de agora em diante não fiquem andando de sala em sala de conversinhas por aí, como mulherzinhas, e muito menos sobre assuntos que não lhe dizem respeito. — Falou ficando frente a frente com Marcos e arqueando uma sobrancelha.

     Acho que alguém nos escutou.

    — Sim senhora.

    Ela dá meia volta, mas antes que saísse, o desatento de Marcos se virou pra mim e aparentemente não tinha hora mais inapropriada para ele do que agora.

    — Pelo visto estavam certos sobre ela. É mais brava que um sargento.

    E antes que eu pudesse lhe avisar que ela ainda estava na sala, ela se virou novamente e respondeu por si mesma, visivelmente irritada.

    — Senhor Dávilla, acho que está na hora de retornar à sua sala! Não se preocupe, eu lhe acompanho, assim não corre o risco de se perder na sala de outros.

    Ele não falou nada, apenas deu um suspiro e saiu da sala com ela a seu encalço, parecendo uma criança.

    Tive que me segurar pra não rir na frente deles. Pelo menos agora ele tinha, literalmente, "a patroa" que ele tanto queria.

    Até que seria legal que algo acontecesse entre os dois. No mínimo seria cômico.

*****

Demorei, mas cheguei!

Foi um capítulo mais curtinhos, mas tá valendo (espero);

E como recompensa pela demora vou postar dois capítulos hoje. ; )

E essa inspetora aí hein? Será que vem problema por aí?! Façam suas apostas! kkkk

Esse Marcos não sabe ficar de boca fechada mesmo né?! 

Espero que estejam gostando!

1/2

*****

12/07/2020 - Luísa Rodrigues de Souza.


Recomeçar [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora