Capítulo 2

901 93 29
                                    


Revisado

***

    Acordo escutando uma voz falando sem parar coisas aleatórias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    Acordo escutando uma voz falando sem parar coisas aleatórias. Olho pro lado de onde vem o som e me deparo com Anne mexendo em alguma coisa que não sei o que é enquanto fala, julgo eu ser, sobre sua vida.

    Depois de mais alguns minutos ela direciona o seu olhar ate mim e da um pulo. Provavelmente por me ver acordada a encarando enquanto ela falava um monte.

    — Você nunca mais faça isso ouviu dona Kat.

    — Mas o que eu fiz?

    — Ficou aí me olhando.

    — Você que estava falando sozinha não eu. — Falei rindo.

    — Te acordei?

    — Não.

    — Desculpa mesmo assim. Enquanto você estava no seu suposto coma, eu ficava falando sobre tudo e qualquer coisa da minha vida. Não tenho ninguém com quem falar então minha única saída é falar com quem estava ao meu redor.

    — No caso pessoas que estão a sabe-se la quanto tempo em um sono profundo.

    — No seu caso, não tão profundo.

    — Coitada de todas essas pessoas que já te ouviram sem parar sem poder fazer nada. Devem ter pesadelos todos os dias com uma completa estranha de voz estridente.

    — Ei, minha voz não é estridente.

    — Não maagina...

    Fiz uma imitação barata completamente exagerada de uma voz estridente enquanto a mesma afirma que não tem essa voz.

    Não sei como, mas nesses últimos dois dias aqui no hospital, me tornei digamos que próxima da Anne, nos conectamos de certa forma. Provavelmente porque ela foi a única pessoa que tive contato desde que perdi a memoria. Talvez isso seja consequência de todas as vezes que ela conversou comigo enquanto eu dormia.

    Bem no meio de nosso ataque de riso após minha imitação barata, somos interrompidas pelo barulho da porta. É o doutor na Anderson, igual a todas as vezes que ele entrou aqui. Com o jaleco completamente aberto balançando com o vento, escrevendo alguma coisa em uma prancheta que sempre está com ele, sem contar na sua testa enrugada toda vez que lê o que está escrito em alguma folha qualquer.

    E antes que pensem que estou reparando muito nele vou logo explicar, estou em um hospital, completamente sem memória e sem nada pra fazer, nessas horas você se torna um ótimo observador, sem contar no fato dele ter uma aliança no dedo esquerdo.

    — Vejo que aos poucos está recuperando seu senso de humor, senhorita.

    — Podemos dizer que sim.

Recomeçar [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora