Capítulo 28

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Revisado

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    — Casados?! — Minha voz saiu esganiçada e pareceu mais com uma afirmação do que uma pergunta.

    Como assim casados? Não que fosse impossível, mas... chocante, no mínimo. É esquisito pensar que o cara ao seu lado, que você faz a mínima ideia de quem seja, é seu marido! Tipo, ele sabe tudo de você. Literalmente tudo! Ele me conhece melhor do que eu mesma.

    — Eu não entendo, você não queria que eu soubesse que éramos casados? Você não quer que estejamos casados? Estávamos brigados antes? Ou, não tínhamos um bom relacionam...

    — Não! Nunca mais repita essas coisas. Não é nada disso, Kat, eu... — Soltou um suspiro —, eu não sei! Eu realmente não sei o que deu em mim. Eu estava... eu estou, assustado, confuso, com... medo. Eu simplesmente não sei o que fazer ou pensar. Eu estou perdido! E é pior ainda pensar que não é nem certo pensar assim quando eu sei que o que você passou foi muito pior e... isso dói em mim. — Desabafou. — Dói pensar no quanto você sofreu e... — Sua voz fica embargada e precisa respirar fundo para continuar —, eu só não consegui imaginar, não caiu a ficha que a minha mulher, aquela que eu procurei por três anos, aquela que passou poucas e boas junto comigo, — riu com alguma lembrança —. Estava ali, bem na minha frente. E o pior é que... ela sequer lembra de mim. É difícil, pensar que você não faz a mínima ideia de quem eu seja. — A essa altura já tinha pelo menos uma dúzia de lagrimas escorrendo em ambos os rostos.

    — Eu sinto muito. — É a única coisa que eu consigo dizer, e ainda em um fio de voz.

    — Não, Kat. Eu que sinto muito, por tudo. Por não ter estado com você esse tempo todo. Por não ter cuidado de você enquanto eu podia. Eu devia... devia ter te protegido melhor, devia ter... — Não o deixei terminar pois em um gesto impulsivo o agarrei em um abraço. Era o que ambos precisava.

    Ficamos um tempo assim, apenas chorando um nos braços do outro. Eu com a cabeça enfiada em seu peito e a dele em meu pescoço, Brandon me apertava tanto que imaginei que se ele fizesse um pouco mais de força eu o atravessaria. Mas não machucava, era delicado e acolhedor, como se de alguma forma temesse que eu fosse sumir e que assim me impediria de sair. Mas eu não iria, eu não queria sair.

    — Me desculpa —, ele disse depois de controlar seus soluços, mas ainda agarrado em mim —, eu senti tanta a sua falta Kat. Eu sei que isso é difícil para você, sei que é estranho e assustador, mas... por favor... não me deixa. Não vai embora. Deus me perdoe, sei que estou sendo egoísta falando isso e me desculpe, mas.. Eu não posso, não consigo deixar você ir de novo. Eu... — volta a chorar e me apertar mais. Com esse gesto sinto seu perfume forte e estranhamente familiar entrar em minhas narinas causando uma sensação, um tanto desconhecida por mim, em meu estômago. Não sei o que é, mas gostei.

Recomeçar [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora