Capítulo 1

1K 101 13
                                    


Revisado

***

    Alguns dias depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    Alguns dias depois...

    Abro meu olho, mas logo fecho, tem uma forte luz branca sobre mim. Abro os olhos de novo e espero minhas vistas se acostumarem com a luz, o que não demora muito.

    Tento me ajeitar na cama, mas sinto meu corpo todo dolorido, o que me faz dar um pequeno gemido de dor, alto o suficiente para chamar atenção de uma garota que eu nem tinha percebido que estava ali.

    — Senhorita, você finalmente acordou! Está se sentindo bem, está com dor? Um minuto, vou avisar ao médico que você acordou.

    — Espera, médico?

    Mas a garota desconhecida sai da sala afobada antes de me responder.

    Olho ao redor e pela sua aparência, deduzo rapidamente que estou em um quarto de hospital, o que explica muita coisa, mas complica outras.

    O que não entendo é o porquê estou no hospital e como vim parar aqui.

    Antes que eu pudesse concluir meus pensamentos, a mesma garota entra no quarto, dessa vez acompanhado de um homem por volta de seus 40 anos.

    — Boa tarde senhorita, meu nome é Anderson e sou o médico que acompanhou você nesses últimos dias. Sei que deve estar confusa, mas antes de te falar qualquer coisa, devo avisa-la que é muito bom ver você acordada, achamos que iria adentrar em um coma profundo, mas pelo visto estávamos enganados, o que é uma ótima notícia.

    — Dias? A quantos dias eu estou aqui? Como eu cheguei aqui?

    — Você está aqui faz 3 dias. Estava praticamente inconsciente desde que chegou. Cuidamos dos seus ferimentos, fizemos exames e agora está tudo bem. — Dessa vez foi a garota que falou. — Sou a Anne, sua enfermeira, estou junto com o doutor Anderson durante a sua recuperação.

    — Recuperação? Ferimentos? O que exatamente aconteceu comigo? — Olho para o meu corpo e vejo vários hematomas espalhados, e pela forma em que sinto meu rosto dolorido, também deve estar com arranhões e roxos. Também sinto dor na direção das minhas costelas.

    Olho para cima e vejo a testa franzida dos dois a minha frente.

    — Bom, senhorita, já vou tirar todas as suas dúvidas, mas antes vamos conversar um pouquinho. Como você chegou praticamente inconsciente e sem nenhum acompanhante, não conseguimos fazer a sua ficha, então vou fazê-la agora e para isso preciso fazer algumas perguntas, okay? — Assenti com a cabeça para o médico esperando suas próximas palavras.

    — Você lembra de alguma coisa que possa nos ajudar a saber como você chegou aqui ou o porquê de estar machucada? Se foi um acidente de carro ou se você caiu, qualquer coisa do tipo?

    — Não doutor.

    — Okay. Então, você sabe de onde veio? Seu nome, sua idade?

    A única coisa que me vem à cabeça é um flash em que alguém me chama de Kat, presumi que esse seja meu nome ou apelido e o disse para o médico, mesmo sem ter certeza de nada.

    — Okay, quem te chama de Kat? Algum parente, mãe, pai, amigo?

    — Não senhor, eu não lembro de nada. Por que eu não lembro de nada, o que aconteceu comigo, por que eu estou aqui? — Começo a ficar inquieta e escuto o barulho da máquina dos meus batimentos cardíacos acelerar cada vez mais.

    — Tudo bem Kat, você precisa se acalmar para podermos continuar essa conversa okay? Nós vamos te ajudar, mas você precisa ficar calma.

    Assinto com a cabeça e respiro fundo para retomar o pouco controle que tenho sobre mim mesma.

    — Certo Kat, imagino que esse seja seu apelido. Consegue reconhecer algum nome como Katley, Katarina, Katherin, Katrina, Karina; algum desses? — Termina de falar e é como se uma luz se acendesse em minha cabeça.

    — Katherin. Meu nome é Katherin. — É a primeira e única certeza que tenho até agora.

    — Certo, já sabemos seu nome e sua idade, cremos que é em torno de 23 e 24 anos. Agora vou falar sobre o seu estado clínico. Você chegou aqui há uns três dias, estava inconsciente e muito machucada. Depois de alguns exames, vimos que você fraturou duas costelas direitas e teve um traumatismo craniano, o resto foi apenas machucados superficiais. Como estava inconsciente, não tínhamos como saber se teria sequelas.

    — Alguma ideia sobre como eu me machuquei e como cheguei aqui?

    — Você foi deixada aqui por um homem, ele disse que estava na cabana na floresta quando encontrou você desmaiada na porta e logo trouxe você para cá. Sobre como você se machucou não sabemos ao certo, provavelmente um acidente de carro, mas qualquer coisa é possível. O homem que te trouxe disse que não sabe como você chegou lá, principalmente por estar muito machucada.

    A única explicação pra eu estar no meio da mata e nesse estado é estar fugindo...

    Mas fugindo de quem, do quê, por quê?

    Enquanto eles me levam para fazer mais e mais exames, fico pensando várias coisas. Minha cabeça está a mil!

    São tantas as possibilidades do que pode ter acontecido comigo, mas não há como saber qual é a certa tendo em vista que eu estou completamente sozinha e sem memória.

    Não sei quem sou, como vim parar aqui ou sequer o que gosto de fazer. Apenas fecho os olhos e inconscientemente penso: Deus, tenha misericórdia de mim.


*****

Mais um capítulo liberado. Continuo muito animada. 

Espero que gostem.

Comentem o que estão achando e cliquem na estrelinha dando o seu voto.

Até o próximo capítulo.

Beijos.

Fiquem com Deus.

*****



01/03/2020 - Luísa Rodrigues de Souza

Recomeçar [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora