Contei a Beatrice toda a minha história, desde a minha infância até agora, contei sobre os meus transtornos, os remédios, falei sobre a mentira de hoje, enfim, falei sobre tudo (até sobre minha virgindade). Beatrice ouvia atentamente sobre tudo e não expressava nada, demonstrava apenas que estava prestando atenção.
— Por que você não falou sobre tudo isso antes? — Ela fazia uma expressão de tristeza. Senti um pouco de culpa.
— Eu achava que você iria parar de falar comigo se soubesse disso e também eu tenho um pouco de medo da minha personalidade fazer algo com você.
— Eu entendo, bom eu não vou parar de ser sua amiga por causa disso. Eu sei que você sofreu muito e que isso de amizade pode ser novo pra você, mas pode confiar em mim eu vou continuar sendo sua amiga.
Ela sorriu pra mim e me abraçou, a cabeça dela batia em meu peito, meu coração estava acelerado, foi a melhor sensação que já tive, eu não queria largá-la.
— Acho que já tá na hora de eu ir embora — Ela se afastou um pouco de mim — Amanhã nós nos veremos de novo!
— Claro! Então até amanhã!
— Até amanhã! Mas antes...
Ela fez um sinal com a mão para que eu me abaixasse, eu me abaixei e ela fez um carinho na minha cabeça. Eu sorri e corei um pouco.
Beatrice sorriu, acenou com mão e foi embora.
Eu fiquei observando ela enquanto ela se afastava, até sumir do meu campo de visão.
Depois disso finalmente entrei no prédio, as pessoas da portaria já haviam ido embora, e então fui para o meu apartamento. Quando cheguei fui tomar banho e depois dormir. Eu sonhei com ela, sonhei que eu estava sozinho em um canto, chorando, Beatrice chegava e me dava um abraço e eu sentia como se o mundo tivesse se tornado perfeito.
🍊☆🍊☆🍊☆🍊
Hoje eu acordei muito bem, feliz, confiante e determinado.
Como hoje é sábado, tenho o dia livre, mas tenho uma consulta com meu psicólogo. Então eu tomei meu café, me arrumei e fui para o consultório.
A consulta não demorou muito como nas outras vezes, eu não tinha problemas para contar, só tinha que contar que eu finalmente estava me sentindo feliz e logo voltei pra casa.
Quando cheguei em casa, coloquei um disco para tocar e me joguei no sofá. Fiquei bem relaxado, pensei em várias coisas e acabei caindo no sono. Acordei com alguém batendo na porta, quando olhei pelo olho mágico me deparei com Beatrice. Parei o toca discos e abri a porta para ela.
— Desculpa ter vindo aqui um pouco cedo, você está muito ocupado? — Perguntou Beatrice.
— Na real não, eu estava cochilando. Mas o que te traz aqui?
— Bom, como não tenho seu número, eu tive que vir pessoalmente te convidar pra sair.
— Sair?
Eu fiquei bastante surpreso com isso.
— É, sair!
— Mas pra onde, moça?
— Ah, sei lá, vamos dar uma volta por aí, no shopping talvez.
— Ah, tá bom, eu não sou muito de sair mas, vou aceitar seu convite.
— Que bom! Vamos 18:30, pode ser?
— Pode! Onde a gente se encontra?
— Na calçada daqui da frente mesmo.
— Tá bom, então até 18:30.
— Até 18:30. Mas antes, me passa seu número.
Passei meu número pra ela e ela passou o dela pra mim, depois disso ela me abraçou e nós nos despedimos.
Meu primeiro encontro, eu estava bem ansioso, finalmente eu ia sair com alguém, mas eu não sabia nem com qual roupa eu iria. Fiquei umas 2 horas tentando escolher alguma roupa pra sair, acabei escolhendo um suéter gola alta preto, uma calça jeans com estampa militar, um sobretudo preto também e uma bota cano alto (pois é, eu não sou estiloso). Depois disso finalmente eu fui almoçar.
Fiquei assistindo série até dar 17:30, eu estava muito ansioso, queria me arrumar logo. Tomei banho, lavei o cabelo, coloquei a roupa, penteei meu cabelo e até tentei fazer um penteado diferente (não deu certo), decidi deixar como sempre mesmo, solto e dividido no meio.
Ás 18:20 eu já estava esperando Beatrice na calçada. Ela chegou rápido, estava de carro e também estava muito linda...
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O Diário de Adam (Hiatus)
Tiểu Thuyết Chung"O Diário de Adam" mostrará a vida do jovem Adam, que até então, tinha uma vida pacata e solitária em seu apartamento. Desde criança, ele sofreu muito, os seus próprios pais o batiam e xingavam, os socos que seu pai lhe dava eram tão fortes, que c...