»Capítulo 7: Encontro
Entrei no carro e a cumprimentei.
— Não sabia que você dirigia. — Eu falei.
— Eu tirei minha carta ano passado, e desde então eu estou com esse carro, ainda estou pagando mas algum dia eu termino de pagar. E você dirige?
— Não, eu praticamente não saio de casa, então ter uma carta de motorista não seria muito útil para mim.
— Entendo. Então, vamos?
— Vamos! Mas então, pra onde a gente vai mesmo?
— Vamos naquele shopping que inaugurou mês passado. A gente pode tomar um café, ir na loja CDs pra ouvir algumas músicas, enfim, a gente vai fazer várias coisas lá.
Fiquei bastante entusiasmado com isso. Ficamos por mais alguns minutos discutindo sobre coisas que iríamos fazer e logo depois fomos para o shopping.
Quando chegamos, fomos para a loja de café. Eu pedi um simples expresso e ela um latte, insisti para pagar mas Beatrice insistia mais, "Eu que te chamei pra sair, então eu vou pagar" ela dizia, então eu acabei sedendo.
Sentamos em uma mesa para dois em um canto da loja, eu estava tentando beber meu café mas estava quente demais e por conta disso a fumaça acabava borrando as lentes do meu óculos eu o tirei para tentar beber o café, mas eu não conseguia nem encaixar meu dedo na asa da xícara, Beatrice estava se segurando para não rir.
— Quer uma ajuda? — Perguntou ela.
— Quero.
Beatrice assoprou um pouco meu café, pegou minha mão e encaixou dois dedos meus na asa da xícara.(Achei isso bem fofo)
Eu já estava terminando meu café quando Beatrice perguntou:
— Adam, por que toda vez que te vejo você sempre está usando uma blusa de manga longa? Nem está tão frio assim.
Embora eu já tenha contado toda a verdade para ela, eu nunca mostrei os hematomas que ainda existem na minha pele.
— Olha, eu acho melhor você não saber.
Eu não queria que ela visse aquilo, é bem horrível.
— Agora que eu quero saber! Me conta, vai.
Ela fazia uma cara de cachorro pidão.
— Ah, tá bom vai.
Subi um pouco a manga da blusa, só para que ela visse um primeiro hematoma.
— Nossa, foram seus pais, né?
Acenei com a cabeça que sim.
— Olha, me desculpa mas, eu quero que eles morram.
— Eu não vou me ofender com isso, eu até quero também. Olha, vamos esquecer isso por enquanto, tá bom?
— Tá bom.
Terminamos nossos cafés e Beatrice me puxou para uma loja que vende eletrônicos, ela me levou para a parte onde ficam os celulares.
— Olha isso. — Ela abriu a câmera de um celular, tirou uma foto dela e colocou de papel de parede dele — Amo fazer isso, faz também.
Ficamos fazendo isso em todos os celulares da loja. Nós saímos da loja rindo muito.
Aquela sensação era tão boa, era como se eu tivesse voltado a ser uma criança, mas desta vez eu estava feliz assim como toda criança deve ser.
Depois, nós fomos para a loja de CDs. Mostrei para Beatrice alguns álbuns de bandas que eu gosto e escutamos alguns juntos, fiquei surpreso por ela gostar das mesmas bandas que eu. Aquilo me trouxe um sentimento de nostalgia, de quando eu passava horas ouvindo esses álbuns na loja perto da minha antiga casa, adorava fazer isso.
Saímos da loja e sentamos em um banco na frente de uma loja de caixas de som, ficamos conectando nossos celulares nos sons da loja para colocar outra coisa para tocar nelas. Acho que só passou um pouco do limite quando Beatrice colocou um grito horrível para tocar, todo mundo do shopping se assustou, o gerente saiu da loja furioso e nós saímos correndo da lá indo direto para o estacionamento, me senti como um criminoso fugindo da polícia , mas confesso que foi bem divertido.
— Meu deus, Beatrice! — Eu dizia bastante cansado de correr.
— Eu sou meio louca as vezes — Ela dava risada — espero que não se importe tanto. Mas e aí, gostou de hoje?
— Gostei muito mesmo. Sabe, esse foi meu primeiro encontro, eu realmente amei muito.
— Que bom que gostou! Eu já tive outros encontros, mas foram com uns caras bem babacas, mas você é muito legal.
— Ah, obrigado! Você também é muito legal!
— De nada! Bom, eu vou te levar pra casa agora.
No caminho para a minha casa, ficamos conversando sobre várias coisas, nos conhecendo melhor, eu percebi que Beatrice é uma pessoa em que posso confiar, ela é uma pessoa que consegue me entender perfeitamente e não me julga pelo jeito de ser, eu me sinto bem ao lado dela, toda vez que a vejo eu sinto como se tivesse um momento de paz.
— Nossa, já chegamos! — Disse Beatrice.
Ficamos tão distraídos com a conversa, que esquecemos que o objetivo principal era eu chegar em casa.
Me despedi de Beatrice dando um abraço nela, desci do carro e sorri para ela e ela para mim.
Fiquei observando Beatrice ir embora pensando nos momentos que tivemos, depois disso finalmente fui para o meu apartamento.
Eu estava esgotado, mas também estava muito feliz por hoje, então só tirei minha roupa, coloquei meu pijama, fui para a cama e adormeci, nem precisei dos meus remédios para dormir.
Tive o mesmo sonho passado com Beatrice, mas dessa vez o abraço dela parecia mais real do que antes e mais confortável também.
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O Diário de Adam (Hiatus)
Tiểu Thuyết Chung"O Diário de Adam" mostrará a vida do jovem Adam, que até então, tinha uma vida pacata e solitária em seu apartamento. Desde criança, ele sofreu muito, os seus próprios pais o batiam e xingavam, os socos que seu pai lhe dava eram tão fortes, que c...