Entrei novamente no quarto e coloquei o urso em cima da minha cama sorrindo feito boba.
Será que tem como o Thomas ficar mais perfeito??
Deixei o urso no quarto quando senti a minha barriga roncar e fui em direção ao refeitório que tinham algumas pessoas tomando café.
Chamei um pouco de atenção pelo fato de estar apenas com uma blusa de alcinha, mas ignorei. Apenas peguei uma pêra, um pedaçode bolo e um suco de caixinha.
Me sentei em uma das mesas vazias, coloquei meus fones e comecei a comer ouvindo músicas.
Era até estranho pra mim ouvir músicas agora, antes eu vivia de fone de ouvido. Se eu estava sem meus fones, todos falavam que eu estava passando mal.
Agora, depois de ficar uma semana inteira sem eles, eu me sentia até diferente os usando. Nunca reparei no quanto eles incomodavam e machucavam a minha orelha.
Mas logo me acostumei, é claro.
Eu estava comendo quando notei um grupinho de meninas que estavam sentadas na mesa a minha frente, de frente pra mim, começaram a apontar disfarçadamente pra porta do refeitório sorrindo feito bobas e cuchichando entre si.
Olhei por curiosidade e vi Thomas entrando no refeitório com seu jeito sério. Nem parecia o garoto sorridente que estava comigo ontem.
Olhando Thomas naquele jeito, sério e misterioso, eu me senti atraída de uma forma que eu até me repreendi por estar com tanto fogo no rabo.
Eu não sou assim, por que to me comportando desse jeito??
Thomas olhou pelo refeitório, mas não pareceu me ver. Ele viu seus amigos, que acredito ser da mesma turma que ele, e caminhou até eles.
Voltei a comer e continuei vendo as garotas sorrindo e falando sobre ele. Quem pode culpa-las? Eu duvido que alguma garota olharia para Thomas e não diria: Só, vem!
Ri de meus pensamentos e mordi a pêra.
Eu estava comendo e vendo algumas notificações no meu celular quando alguém do nada deu um pulo atrás de mim e segurou meus ombros.
- BU! - Dana se sentou ao meu lado com um sorriso e eu a olhei assustada.
- Meu Deus, Dana! Quase me matou. - Falei com a mão sobre o peito e ela riu se sentando direito na cadeira. - O que faz aqui?
- Meus pais saíram pra ver meu irmão que está na marinha. Eu fiquei solitária em casa e vim te fazer companhia. - Ela sorriu mostrando os dentes.
- Que bom que veio, já estava me sentindo sozinha. - Sorri convencida e ela riu.
- Aham... ta bom. - Ela me olhou desconfiada. - Quando vai me contar o que ta rolando entre você e o Thommy? - Ela sorriu se virando pra mim demonstrando estar empolgada.
- Não tenho nada pra dizer. - Sorri convencida.
- Ah, não seja malvada Lua. - Ela empurrou meu ombro de leve rindo. - Me conta vai. Eu sei que rola algo.
Olhei para Dana e acabei rindo da cara de ansiedade dela.- Ta, mas deixa eu terminar meu café primeiro.
- Oba! Ai você me conta como ele te deu aquele urso fofíssimo e se já beijaram. - Arregalei meus olhos e ela sorriu convencida, coisa que me fez rir de novo.
Dana aguardou pacientemente ( do jeito dela, que era batendo o pé no chão a cada segundo ) que eu acabasse de comer. Quando acabei, nós nos levantamos e fomos em direção a saída do refeitório.
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No Colégio Interno
RomansaLua, uma garota comum, que vai a escola, tem sua família e amigos vê tudo desmoronar de uma hora para a outra por conta de uma decisão de seus pais. A garota terá que deixar tudo para trás e se mudar para um colégio interno longe de tudo e todos o...