58_ Rick?

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Dana estava nitidamente sem reação. Amy olhou pra ele com um olhar desconfiado mas acabou sorrindo depois.

Brian se aproximou de Dana, pegou em suas mãos e a olhou.

- Eu não mereço você... mas te peço só mais uma chance. - Brian falou a olhando. - Me dá essa chance?

Dana a olhou séria mas logo abriu um sorriso radiante.

- Uhum. - Ela assentiu sorrindo e os dois se abraçaram.

Para a surpresa de Dana, todos os alunos presentes aplaudiram, o que a deixou completamente vermelha. Acho que a mesma nunca teve tanta atenção num só dia.

- Ta, agora vê se não se beijem porque a diretora ta logo ali. - Amy falou entre dentes e nós olhamos para perto do bebedouro onde a diretora estava parada com os braços cruzados.

A mesma via toda aquela confusão com um sorriso ladino que me fez estranhar. Eu realmente esperava que a mesma fosse brigar com todos por estarem ali fora faltando apenas 3 minutos para as aulas começarem.

- Minha mãe ta muito esquisita. - Thomas falou a encarando.

- Como assim?

- Ela ta de bom humor, ta dando uns sorrisinhos bobos as vezes, não brigou com ninguém agora por causa dessa muvuca. - Ela e a encarou. - Acho que ela ta apaixonada.

- O que? - Perguntei rindo.

- É sério. E eu acho que é pelo seu professor de matemática. - Ele me olhou.

- Rick? - Ri mais.

- Sim. Ele já ia bastante na sala dela, mas nos últimos dias tem ido toda hora. Sem contar que ele sempre sai sorrindo de lá e ela também sorri feito boba quando ele sai. - Thomas falou voltando a olha-la. - E na última sexta-feira apareceu um vaso com flores em cima da mesa da minha mãe. Eu perguntei quem havia dado e ela falou que havia sido apenas um gesto agradável de um amigo.

- Você ta com ciúmes da sua mãe é? - Olhei pra ele com um sorriso.

- Eu não. - Thomas riu. - Só me preocupo com ela. Desde que o meu pai faleceu que ela não se envolveu com mais nenhum homem... Não quero que a magoem.

- Você é um fofo. - Apertei suas bochechas. - A sua mãe é adulta, ela sabe lidar com suas coisas sozinha. Não fique se preocupando. - Thomas sorriu sem mostrar os dentes. - Mas já que se preocupa, talvez devesse se aproximar dele então.

- Do professor?

- É. Eu não conheço ele muito bem, na sala de aula ele é um chato, mas vai que no fundo é uma pessoa boa e que vai fazer a sua mãe feliz. - Thomas pareceu pensar um pouco. - Se aproxima dele.

- Acho que vou fazer isso. - Ele sorriu.

A diretora saiu dali sem dizer nada e logo a inspetora apareceu mandando todos irem para suas salas.

- Te vejo no intervalo. - Thomas piscou pra mim e logo se dirigiu a sua sala.

- Não é impressionante como tem pessoas que gostam de passar vergonha? - Brooke passou por nós acompanhada de duas meninas. Ambas riram quando a mesma disse aquilo num tom de deboche.

- Vai ter o que merece hoje, piranha. - Amy resmungou. - Vou pra minha sala dormir as três aulas de matemática, beijos.

Nós rimos da mesma e Brian também se despediu de Dana. Logo fomos eu, Erick e Dana para a aula.

No caso, eu e Dana tivemos que correr no quarto para pegar o livro que não havia dado tempo de pegar antes, já que Amy nos arrancou do quarto. Assim que pegamos fomos para a sala.

Durante a aula eu tentei prestar atenção em tudo que o professor falava. Eu sabia que as provas estavam chegando e eu não queria ir mal.

Infelizmente durante a aula eu ficava imaginando o professor com a diretora, coisa que me dava nojo e tirava a minha concentração.

[...]

Eu estava terminando o último exercício quando o sinal tocou. Eu rapidamente levantei meu olhar vendo todos se levantando e vi Brooke me olhar.

A mesma me encarou séria e depois abriu um pequeno sorriso sarcástico.

Brooke não demorou muito a sair da sala apressada.

- Acha que o plano vai dar certo? - Dana perguntou me fazendo olha-la.

- Estou torcendo para que sim. - Falei fechando o meu livro.

- Toma cuidado Lua. - Erick falou se aproximando.

- Não se preocupe. - Sorri assentindo.

- 15h29, acho melhor você ir. - Dana falou e no instante seguinte Amy apareceu na sala segurando a câmera.

- Bora! - Amy puxou meu braço me fazendo sair da sala. - Eu vou filmar umas plantas aleatórias lá fora e vou estar no corredor quando a Brooke te trancar, seja natural.

- E se ela não fizer isso?

- Ela é previsível, acredite. - Amy sorriu. Ela estava realmente muito empolgada com a ideia de finalmente se vingar da Brooke.

Amy correu lá pra fora e eu respirei fundo antes de seguir em direção a tal biblioteca de filosofia.

Andei devagar para que desse tempo de Amy voltar gravando e virei um corredor encontrando ao fundo uma porta grande escrito biblioteca humanas.

Na parede também vi uma pequena porta com uma plaquinha sinalizando que era i banheiro.

Eu andei normalmente para ir " encontrar Thomas " na biblioteca e não me surpreendi quando Brooke saiu de dentro da biblioteca com um sorriso debochado.

- Brooke? - Fingi surpresa. - O que faz aqui?

- Ué, vim procurar um livro. - Ela cruzou os braços e deu uns passos pequenos e lentos na minha direção. - Quando você vai entender?

- Entender o que?

- Entender que aqui não é o seu lugar! Que desde que você chegou, meus dias tem sido horríveis! Eu gosto do Thomas a muito mais tempo que você, não é justo que você chegue agora e já tome ele de mim!

- Brooke...

- Cala a boca! Eu vou te dar só mais uma chance, termina com o Thomas e some daqui! Você não sabe do que eu sou capaz, Lua!

- Eu não vou terminar com ele, e também não vou a lugar algum. Você que lute.

Brooke ficou extremamente irada quando me ouviu e num impulso fez exatamente o que Amy previu.

A mesma abriu a porta do banheiro e me empurrou lá pra dentro.

- BROOKE!!! - Gritei correndo de volta até a porta, mas a mesma a trancou.

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Continua...

No Colégio InternoOnde histórias criam vida. Descubra agora