Capítulo 5

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Boa Leitura!

Estranhos

Martina

Estou sem palavras! O Jorge é apaixonado por mim? Como? Desde quando?

- Desgraçado.- me assusto com o grito e o soco que o Jorge dá no Jonathan.

- Vem, me bate, bate mais que só assim a sua queridinha te conhece de verdade.

Jorge socava ele mais ainda, fazendo-o cair no chão, com o Jorge por cima dele.

- Jorge.- grito, saindo do transe.- Jorge, para com isso. Por favor.

Ele para ao me ouvir e olha para o Jonathan que está com o olho manchado, um corte na boca e no nariz.

- Venha, vamos embora.- digo baixinho, puxando-o pela camiseta.

Jorge está bufando, sua respiração está acelerada e ele está com algumas manchinhas de sangue em suas mãos e camiseta.

- Eu dirijo.- afirmo, pegando a chave do seu carro em seu bolso.

Ele está estranho. Não fala comigo, está retraído no banco do passageiro.

- Onde estamos indo?- pergunta confuso.

- Para minha casa.- digo óbvia.

- Eu acho melhor não..- interrompo-o.

- É claro que não. Vamos para a minha casa e eu vou cuidar de você.

O silêncio volta a reinar ali até chegarmos no meu condomínio. Jorge desce em silêncio e me espera no elevador.

O percurso até o décimo quarto andar é longo e constrangedor. Ninguém fala nada. Estamos sozinhos e em completo silêncio.

Abro a porta do meu apartamento e ele entra, receoso.

- Vou pegar a farmacinha.- aviso, indo até o meu banheiro, deixando-o sozinho ali na sala.

Volto com os remédios e uns curativos e começo a cuidar dele, limpando cada machucado e cuidando desse rosto lindo, que infelizmente está com uns arranhados e cortes.

- Você não devia ter batido nele.- digo, quebrando o silêncio.

- Eu sei. Me perdoa?- pergunta tristinho, abaixando seu rosto.

Levanto seu rosto lentamente e me perco em seus olhos verdes penetrantes.

- É claro que eu te perdoo.- sorrio minimamente e ele retribui.

Continuamos em silêncio. Aquilo estava me matando.

- Tudo bem.- suspiro.- Quer tomar um banho?

- Por favor.- assente.

- Vou levar uma toalha. Pode ir no banheiro do meu quarto, é melhor.

Ele concorda e sai, timidamente.

O que aconteceu hoje? Estou sem palavras para sequer pensar no dia de hoje.

Continua
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