Capítulo 11

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Boa Leitura!

Negação

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Martina

Não, eu não estou apaixonada pelo Jorge. Ele sempre foi o meu irmão mais velho. Talvez eu esteja confundindo os sentimentos por estar com saudade da nossa amizade e companheirismo.

Digito e apago o seu número novamente. Quero muito ligar para ele. Apenas para ouvir a sua voz.

Em um ato corajoso aperto o a miniatura de um telefone branco, envolto de um círculo verde, sinalizando que eu estou iniciando uma chamada.

Um, dois, três, quatro, cinco toques e então a chamada encerra. Opto por não deixar um recado e ir me preparar para dormir. Amanhã será um longo dia.

Ao despertar visualizo uma nova mensagem que faz o meu coração disparar. De forma boa, mas ruim também.

Bom dia, não vi a sua ligação, me desculpe. Por favor, não me ligue mais. Só está me torturando assim, Martina.
Tenha um bom dia! Beijos, Jorge.


Bloqueio a tela do meu smartphone e me levanto, segurando todas as lágrimas que estão loucas para saírem desesperadamente pelos meus olhos.

Assim que me sento em minha cadeira, apreciando o material macio e confortável que me acomoda todos os dias enquanto passo horas viajando por mundos paralelos, atendendo ligações, respondendo e anotando recados e até mesmo trocando mensagens com o Jorge, situação que não tem ocorrido com tanta frequência (para não dizer que não ocorre mais e magoar ainda mais o meu coração).

Pego os manuscritos e quando começo a disfrutar do meu maravilhoso momento de leitura, ouça passos de um lindo e enorme salto.

- Bom dia, Martina.- Marília me cumprimenta. A mesma que estava interessada no Jorge.

- Bom dia, Marília. Será que podemos trocar uma palavrinha?

- Claro.- concorda, colocando uma tampa em seu recém preparado café.

- Eu e o Jorge não estamos mais juntos. O caminho está livre.- ela arregala os olhos e posso notar um mínimo sorriso em seus lábios.

- Então você está me dizendo que eu posso ir agora até o Jorge e chama-lo para um encontro?- pergunta, com a esperança tomando a sua voz.

- Sim, com toda certeza.- afirmo, tentando me convencer de que estou certa dizendo isso.

Mesmo que o meu coração se aperte minimamente por imaginar uma aproximação da Marília e do Jorge.

Continua
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