Capítulo 47

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Boa leitura!

Martina Stoessel

O velório foi bem triste. Rever a Flávia dentro de um caixão foi horrível. Fiquei lá até às 23:00 e então fui para casa. A dona Rita vai me liberar mais cedo amanhã para que eu possa me despedir pela última vez da minha segunda mãe.

Jonathan

Obrigado pela presença.
Podemos conversar
amanhã depois do enterro?

Imagina, a Flávia sempre
será minha segunda mãe.
Eu vou passar aí amanhã antes
das 16h.

Ok, boa noite!

Jogo-me na cama. Que dia! Hoje o Jorge foi embora, a mãe do meu ex-namorado faleceu. Tive que ser forte quando o que eu mais queria era me jogar no chão com a Tati e chorar até não aguentar.

Olho as horas e percebo que já está tarde, mas eu não consigo parar de pensar no Jorge. Eu estou com saudade dele, do beijo, abraço, sorriso bobo e as piadas.

Deus! Como eu amo esse homem.

Perco a noção do que estou fazendo e minutos depois percebo que estou ligando para ele, mas a chamada não foi atendida. Apenas pediu para deixar um recado.

Desligo rapidamente. Que bom que ele não atendeu. Pude perceber a besteira que eu estava fazendo.

Tento, apenas tento dormir, mas é impossível. Aqueles olhos verdes não saem da minha mente.

É um sentimento que me aperta, eu preciso ouvir a voz dele, apenas para saber que ele está bem.

Levanto-me às 07:00, apenas três horas após eu conseguir dormir de verdade.

- Bom dia minha linda!- dona Rita me cumprimenta, ao chegarmos juntas.

Subimos pelo elevador e ela faz-me ad mesmas perguntas: Como estou? Dormi bem?

- Pode vir aqui na minha sala?- pergunta, ao chegarmos no nosso andar.

- Claro.

- Primeiro, conseguiu falar com o Jorge?- pergunta amigável.

- Não. Eu até liguei para ele, mas não atendeu.

- Bem, eu ainda estou torcendo por vocês e espero que dê tudo certo. Pode contar comigo para o que precisar ok?

- Tudo bem. Muito obrigada pela ajuda, dona Rita.- abraço-a bem apertado.

- E eu sinto muito pela sua perda. Você  tem o meu aval para sair a hora que precisar. Apenas preciso do seu apoio de início.

- Muito obrigada. Pode ficar tranquila, eu vou precisar sair às 16:00.

- Feito. Então vamos trabalhar.- diz animada.

A manhã e tarde foi tranquila. Fiz meus trabalhos e logo saí para a última despedida da Flávia. Meu coração ainda está apertado.

Chego lá e vejo todos reunidos. O caixão está no mesmo lugar e todos estão abraçados, em silêncio.

A dona Flávia era uma mulher incrível e adorável. Não me admira que todos estejam assim.

- Oi. Obrigado por vir.- o Jonathan diz, com os olhos inchados, vermelhos e com olheiras.

- Imagina. Meus pêsames Jonathan. - digo e sinto os seus braços me apertarem.

Ele está me abraçando. Depois de meses eu estou sentindo o seu perfume característico. Ele está soluçando em meu abraço e eu só consigo abraçá-lo de volta e sussurrar que tudo vai ficar bem.


Continua

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