Família

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                               Pv Camila

Camila: Mama – gritei depois de fechar a porta da sala e deixar as chaves em cima da mesinha perto da porta.
    Um cheiro delicioso vinha da cozinha, esse cheiro me levou até a cozinha. Fui praticamente correndo até o cômodo onde encontrei minha mãe mexia em uma grande panela sobre o fogão.
Sinu: Oi hija – ela me cumprimentou ainda mexendo na panela – Como foi seu dia?
Camila: Oh mama você está fazendo doce de banana – eu palma animada – O dia agora ficou ainda melhor.
Sinu: Pelo visto foi bom mesmo seu primeiro dia de aula, me disse que ia sair com seus amigos e chegou toda feliz – ela pegou um pano para limpar suas mãos e se aproximou de mim.
Camila: Foi sim mama, foi bem melhor do que eu imaginei – me sentei em uma das cadeiras – Conheci um pessoal bem legal, eles me trataram super bem mama – contei a ela sorrindo, me lembrando deles – A escola é linda, o ensino é ótimo.
Sinu: Que bom Kaki, a muito não via esse brilho nos olhos – ela beijou meus cabelos – Tem coisas ruins que acontecem para que as boas possam vir.
    Sempre me orgulhei de tê-la como mãe, essa mulher sábia e incrível que Sinu era. Sempre com suas palavras doces e acolhedoras mesmo se as coisas estivesse difíceis para ela também.
    Ali na cozinha, devorando o doce de banana, que ainda estava quente, e conversando com minha mãe, nem notei as horas passando. Me levantei para lavar o prato, e uma Sofia suada passou correndo por mim se agarrando nas pernas de minha mãe que estava do meu lado. Ela tinha ido brincar com a filha dos vizinhos, a Olívia. Elas se conheceram a pouco tempo e já não se desgrudavam mais.
Sofia: Doce de banana, eba – ela bateu palminhas animada quando viu o doce em cima da mesa – Poxa Kaki, você comeu quase tudo – ela reclamou fazendo biquinho sentindo, se sentou em uma cadeira cruzando os braços.
Camila: Ei ainda tem muito sua resmugona – levantei pegando um prato e servindo uma quantidade boa para minha pequena bolinha.
Alejandro: Será que tem um pouco pra mim também? – papa chegou afrouxando o nó de sua gravata.
Sofia: Papa – Sofia se agarrou as penas do nosso pai que a pegou em seu colo enchendo seu rosto de beijos.
Camila: Oi papa – eu me aproximei beijando seu rosto.
    Nossa família sempre foi feliz e unida, apesar de todos os problemas, não nos afastamos ou descontamos os problemas um nos outros. Passávamos por tudo juntos e com amor. Meu pai estava um pouco mais animado do que no último mês. Henrique lhe ofereceu uma vaga de sub-chefe na agência de carros na qual ele era dono. Mesmo não tendo experiência no ramo papa foi tentar pra nós ajudar na despesas da casa.
    Jantamos um pouco mais animados, como se tudo tivesse voltado ao normal. Apesar de quase tudo estar diferente. Talvez minha mãe tivesse certa.
    Eu estava arrumando meu material escolar – gostava de fazer isso a noite antes de dormir para não ter que acordar mais cedo – eu morria de preguiça de acordar cedo, eu aproveitava o máximo minha cama. Olhei para meu closet, e o vi lá jogado em um canto, meu violão e perto dele meu caderno de músicas e de desenhos. Eu gostava de tocar e de escrever algumas coisas e fazer alguns desenhos de arquitetura, sim eu tinha já tinha pensando em trabalhar com meu pai na empresa dele, mas agora esse sonho ficou de lado, nem tinha mais possibilidade pra isso. E quanto as músicas não tinha mais inspiração pra isso. Os últimos acontecimentos me deixaram tristes sem vontade de fazer nada. Mas um sentimento bom estava aquecendo meu coração, como se algo tentasse me dizer que tudo ficaria bem.
    Já estava terminando de me trocar, fui tirar o edredom da minha cama para me deitar, quando ouvi um bip do meu celular avisando que havia chegado uma mensagem.
“ Oi Camila, tudo bem, aqui é o Lorenzo.” – era uma mensagem de texto.
“ Oi Lorenzo, estou bem sim e você? – respondi levando meu celular comigo até minha cama.
“ Estou bem também, só passei pra confirma seu número e te desejar boa noite, vou deixar você descansar que amanhã começamos cedo kkk” – ele mandou outra mensagem.
“ Boa noite pra você também, amanhã nos vemos na escola” – digitei encarando o celular.
“ Até amanhã, baby" – de novo ele me chamando daquele jeito.
    Salvei seu número em meus contatos. Não esperava que ele fosse me mandar mensagem tão cedo. Na verdade nem esperava que ele ia pedir meu número. Porque convenhamos ele era lindo, seu sorriso, seu corpo musculoso, seus olhos verdes tão intensos e seu rosto perfeito... poderia ter qualquer garota que ele quisesse. Porque ele me escolheria.
Camila: Nossa, Camila não viaja, o garoto só foi educado com você, ele só queria ser seu amigo – eu estava conversando comigo mesma.
    Depois de muitas noites mal dormidas, com medo da minha nova realidade pude dormir tranquila, pensando que talvez nem tudo fosse tão ruim assim.

                      Pv Lorenzo Jauregui

    Estacionei meu carro na garagem ao lado do Auston Virage Prata, que pertencia ao meu pai. Ele tinha ido com ele até ao aeroporto onde ficava o nosso jatinho particular, se o carro estava na garagem era sinal que meu pai já tinha voltado de viagem. Sai do meu carro apressado e segui para a parte da frente da casa. Estava morrendo de saudades do meu velho.
    Meu pai era meu herói, era meu exemplo, ele era a alegria da casa.
Lorenzo: Família – entrei na sala e todos estavam sentados no sofá, rindo de alguma coisa que meu pai falar.
Clara: Oi filho – minha mãe se levantou vindo me abraçar – Como foi o jogo meu amor? – perguntou tirando meu boné mexendo em meus cabelos.
Lorenzo: Ah ... acho que fui bem – beijei seu rosto pegando meu boné de volta de suas mãos pequenas e macias – Sou o mais novo capitão do time.
Mike: Parabéns campeão – meu pai me puxou para seu abraço de urso – Sabia que você ganharia, você é meu filho – disse estufando o peito.
Lorenzo: Estava com saudades papai urso – falei ainda agarrado nele.
Mike: Eu também senti, pequeno urso.
Taylor: Eu me recuso a ser a irmã urso, sério mesmo – ela reclamou cruzando os braços se sentando no sofá ao lado de minha mãe que logo a puxou para se deitar em seu colo.
Chris: Eu também, isso é muito bobo – meu pai me soltou e foi abraçar meu irmão que tentou se esquivar, mas meu pai foi mais esperto.
Lorenzo: Ei, mas vocês são ok – me joguei no colo de minha mãe quase em cima de Taylor. Chris conseguiu se soltar de meu pai e se jogou em cima de mim.
Mike: Abraço coletivo, eu também quero – para se inclinou sobre nós quase caindo.
Clara: Querido não por favor – minha mãe pediu um pouco desesperada – Não vamos aguentar seu peso.
Mike: Ei você não reclama do meu peso quando estamos ...
Lorenzo: Ah não por favor não quero ouvir isso – consegui me desvencilhar do meu irmão e me levantei para sair logo dali, não queria ficar ouvindo sobre as intimidades dos meus pais.
Chris: Não mesmo, não quero ouvir isso.
Taylor: Muito menos eu – ela também já estava de pé pronta pra correr para seu quarto.
Mike: Que isso, da onde vocês pensam que vieram.
    Pronto com essa frase nós três saímos correndo cada um para seu quarto. Era bom está todos em casa, assim reunidos. A rotina na empresa sempre exigia muito deles, eram reuniões, viagens, mas sempre que estavam em casa se dedicavam a nós. Jantamos em meio a brincadeiras e conversas animadas, meu pai nos contava como estava ficando o resorts que estava sendo construído no Brasil. Mamãe também estava empolgada com esse novo empreendimento, quando tudo estivesse pronto, iríamos passar as férias por lá.
    Era sempre assim, quando um projeto ficava pronto papai nos levava até lá. O que era muito bom porque tínhamos a oportunidade de conhecer novos lugares. Meu pai fazia isso porque queria que seus projetos tivessem o “ selo" de aprovação da família Jauregui Morgado.
    Já estava tarde, eu estava cansado quando voltei para meu quarto. Me lembrei de uma certa latina que eu tinha pedido o número de telefone, a latina de olhos lindos que tinha conhecido em um dia e parecia ser uma vida inteira. Sim, Camila me veio em meus pensamentos antes de dormir. Já era um pouco tarde e com certeza ela já estava indo dormir, mas seria uma mensagem rápida, eu queria saber como ela estava e conversar um pouco com ela. Queria pode conversar com ela uma noite inteira, nosso papo fluía, ela era uma garota incrível.
    Peguei meu celular em cima da mesinha ao lado da minha cama e procurei pelo número dela. E lá estava, Camila Cabello.
“ Oi Camila, tudo bem, aqui é o Lorenzo” – digitei assim que entrei no perfil dela.
“Oi Lorenzo, estou bem sim e você” – ela me respondeu poucos minutos que enviei a mensagem
“ Estou bem também, só passei para confirmar seu número e te desejar boa noite, vou deixar você descansar, que amanhã começamos cedo kkk ” – enviei outra mensagem
“ Boa noite pra você também, nos vemos amanhã na escola.”
“ Até amanhã, baby" – gostava muito chama-la assim.
    Encarei meu celular por alguns instantes sorrindo. Não vi quando dormi, estava muito cansado só apaguei.

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