MPP. 17

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Escrita com SraSandoval9

Maria: Onde você pensa que vai? Está louca por acaso? - eu não sabia o que fazer... o que falar... ela estava me deixando... o que eu mais temia estava acontecendo e tudo por minha culpa... por minhas inseguranças... por meus medos e temores - eu te amo... me perdoe...- peguei o braço dela - não sei mais viver sem você... iluminou minha vida... me desculpe por pensar em algo que não sabemos se um dia vai acontecer... me desculpe - nunca implorei por ninguém... ela estava me fazendo pedir e implorar por ela - eu quero casar com você... quero ter uma família... você é jovem sim e quero te mostrar como é a vida... como é o amor.

Refúgio: Mas não dessa forma... se me ama vai me demonstrar... vai esfriar à cabeça e vai pensar... eu não quero um amor inseguro... não quero ter que conviver com essa insegurança que dói e machuca... eu quero um amor livre... sem medos e culpas... eu pensei... mas você... você desistiu mesmo antes de tentar conquistar... você não sabe o que diz Maria... está falando isso porque não quer que eu saia... mas eu cansei Maria... cansei de tudo isso... de ver o meu amor no lixo... de olhar em seus olhos e não ver a confiança... ver apenas medo... por favor me solta... preciso ficar sozinha... assim como você precisa - desviei meus olhos dos dela... se a olhasse iria chorar e desistir de sair.

Ao invés de fazer o que ela pediu, puxei ela mais ainda.Passei minha mão pelas costas dela, beijei o queixo já subindo para os lábios.

Maria: Está me condenando só porque eu queria namorar antes de tudo? É isso mesmo? Porque queria só curtir você... nos conhecermos melhor... foi você que falou... em fim - eu só concordei... e disse com o coração partido - eu não tenho o que pensar, tenho apenas que vencer meus medos... eles só existem quando estou longe de você... quando estamos assim, não lembro de mais nada.

Refúgio: Não faça isso Maria - virei meu rosto - não é com sexo que vamos resolver nada... não estou te condenando... estou me resguardando de mais uma destruição... eu tenho apenas vinte anos e descobri amar alguém impossível... alguém que não se entrega... que não luta à favor... luta contra... tudo que eu tenho é você e o que faz?... vive falando da nossa diferença de idade... acha que por que sou nova, não sei de nada? - ri sem vontade - sei como são suas curtições... seus namoros... e te disse Maria... não serei mais uma em sua cama... isso nunca... precisa entender o que quer da vida... se quer um amor... uma família... ou se quer apenas sexo... isso eu não vou poder te dar... vai tomar seu banho e descansar... é o melhor que faz.

Me afastei nervosa.

Maria: Já te disse mais de mil vezes que nunca foi só sexo com você... acha que é só isso? Acha que para mim não passa de mais uma? Meu Deus o que quer que eu te diga mais? Eu quero você, quero tudo com você... já falei isso, fala que eu vivo passando a nossa diferença de idade na sua cara e você passa o meu passado... não vou insistir, ainda mais achando isso... vou tomar meu banho... te peço que não saia de casa... pelo menos não por hoje... pode ficar no quarto que estava antes ou no de Luíza... não se preocupe, a tarada não vai lhe atacar no meio da noite.

Olhei para ela decepcionada, Maria muitas vezes só entendia o que lhe era de bom grado. Me virei e sai dali descendo as escadas, não suportava mais nada disso. Minha vida parecia siri, só andava para trás e eu estava exausta de tudo aquilo que vivia.
Entrei no jardim e fui para baixo de uma árvore, um pouco mais afastada da casa. Queria entender tudo isso e resolver algumas coisas, não ficaria mais uma noite se quer nessa casa.
Falei com uma amiga minha que iria me receber em sua casa, seus pais gostavam muito de mim e assim como eu, ela também namorava com outra menina de nossa sala. Voltei para sala e me sentei esperando Maria descer, iria falar com ela antes de sair.

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