MPP. 30

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Escrita com SraSandoval9

Refúgio: Ela não é minha mãe... nunca foi... foi ela Maria... foi ela quem matou meu pai... essa assassina... odeio essa mulher... odeio.

Maria: Venho trabalhado nisso desde que ele morreu e finalmente consegui as provas meu amor, foi ela sim... ela se aproveitou de um surto que seu pai teve e colocou todos para fora de casa... ele desligou as câmeras e ela trocou seus remédio... ele tomou apenas algumas comprimidos mas foi uma dosagem letal... ela trocou... e fez parecer um suicídio... ela já vinha trocando, mas naquele dia... ela o matou... sinto muito meu amor - falei triste.

Refúgio: Acabou... finalmente acabou - chorei fechando meus olhos - meu pai terá a justiça que merece... vou trabalhar dia e noite para que essa maldita morra na cadeia... isso eu prometo.

Dias depois recebi alta e estava em casa de repouso, como sempre estava sozinha em nosso quarto. Estava deitada abraçada ao travesseiro de Maria, sentia muitas saudades dela e não havia mais nada que pudesse falar, só estava vivendo tudo aquilo.

Entrei no quarto depois de um longo e exaustivo dia, mas tinha feito o que queria, finalmente tinha acabado.

Maria: Boa noite, como está se sentindo? - comecei a tirar meu terno, só queria um banho e cama... finalmente teria meu descanso merecido.

Refúgio: Boa noite - bem... só estou sonolenta - falei sem lhe olhar - deixei seu jantar no forno... esquentei à pouco tempo.

Maria: Não estou com fome... Refúgio - temi dizer o que tinha acontecido - eu... estava no julgamento da Suellen...- esperei ela olhar para mim.

Refúgio: Qual foi a sentença? - perguntei em um fio de voz me sentando na cama.

Maria: Pena de morte - falei olhado para ela, esperando a sua reação - só quero que saiba que estou aqui... que sempre estarei - sentei mais perto dela e passei a mão no rosto.

Apesar de tudo que havia acontecido, ela era minha mãe. Era tudo que havia restado da minha família... mas vieram todas aquelas revelações... ela havia matado o meu pai e tentado me matar... em meses havia enterrado meu pai... agora seria ela.

Refúgio: Pena de morte - sussurrei - acabou tudo... obrigada Maria - toquei minha barriga em uma carícia - eu sei o que ela fez... agora está sendo punida por isso... me dói muito saber que esse será o seu fim... poderia ter sido diferente... mas não foi... me sinto sozinha... perdida - chorei lhe olhando - isso tudo está me sufocando.

Maria: Não está sozinha... estou aqui, apenas você não ver... mas te fiz uma promessa, que nunca iria mantê-la ao meu lado sem que essa fosse a sua verdadeira vontade...- levantei sentando melhor na cama - agora ninguém mais te fará mal - passei a mão nos cabelos dela tirando uma mecha da testa - o homem que atirou em mim, falou... foi ela quem mandou... era para me matar.

Refúgio: Ela? - coloquei a mão na boca sem imaginar que ela tivesse feito isso - eu sei que fez... estaria disposta a me deixar ir? - à olhei esperando sua resposta.

Me afastei um pouco, estava com um nó na garganta. Mas sabia que cedo ou tarde, era isso que iria acontecer.

Maria: Se for a sua vontade, sim - levantei da cama - só quero que seja feliz e... não é mais comigo, sinto muito, nunca foi minha intenção lhe magoar ou lhe fazer sofrer... eu só quis te amar... te ter ao meu lado... mas nunca obrigaria a ficar comigo sabendo que isso não lhe faz feliz - passei minhas mãos na calça... elas estavam frias e soava muito - sei que pensa que só é sexo, que nunca passou de cama... mas não é... é amor... e quem ama deixa o outro livre para ser feliz, mesmo que não seja conosco... vou ser feliz, se você estiver feliz - coloquei minha mãos nos bolsos, tentando demostrar uma segurança que não tinha.

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