MPP. 10

149 13 0
                                        

Escrita com SraSandoval9

Refúgio: Que estranho papai? Maria não é estranha... nunca foi... por tudo papai... estou cansada de tudo isso...cansada de ser um brinquedo que vocês manipulam e não me deixam viver minha vida... tudo vocês mandam... em tudo... estou cansada de viver assim... cansada... não é nenhum rompimento... eu e o Diego não temos nada... nada papai... não se rompe o que não se tem... ele é meu amigo e sempre será... amamos outras pessoas e vamos viver isso... sem medo... sem intolerância... vamos amar... os dois são os meus pais e apesar desse jeito torto, os amo com todo meu coração... mas não voltarei a ser o que era... não vou me esconder... eu amo a Maria, é com ela que estou namorando - falei de uma vez e que Deus me ajudasse naquela guerra que iria estourar.

Segurei minha esposa, que quase desfaleceu em meus braços.

Bruno: Eu sabia... eu senti... olha aqui sua...- olhei para aquela maldita mulher.

Maria: Não esqueça com quem está falando senhor, sou juíza e estou sendo vítima de preconceito... posso lhe fazer pagar muito caro por isso - levantei encarando os dois - vocês têm uma opção, ficaram calados e aceitar.

Bruno: Nunca... está me ouvindo? Minha filha... não sabe o diz, nem que faz... com esse ato... com essa loucura que ela faz, posso atestar que a sua capacidade metal está afetada... prefiro mil vezes vê-la no manicômio a vê-la levando... essa vida... preparasse Refúgio.

Suellen: O que fez com minha filha sua louca? - gritei com raiva - isso não vai ficar assim... vou te processar por induzir minha filha... vai fazer um exame e se nele comprovar que ela te molestou... ela vai viver o resto da vida dela presa.

Refúgio: Já chega - gritei sem forças - vocês não escutam o que estão falando?... como é capaz de preferir me ver em um manicômio?... como?... que tipo de monstro você é?... vocês são... pelo amor... preferem me ver infeliz ao me ver feliz ao lado de quem eu amo... ela não fez nada mamãe... eu quem fiz... fiz por amor... porque eu quis... porque amo essa mulher.

Suellen: Cala à boca - desferi um tapa em seu rosto - é tão doente quanto ela... eu tenho vergonha de você... do que é... não é minha filha... não mesmo... vamos embora Bruno... essa já está perdida no mundo.

Corri e fique entre elas, deveria ter adivinhado esse tapa. Mas nunca me passou pela cabeça que essa maldita mulher, faria algo com a filha nesse estado.

Maria: Não ouse nunca mais tocar em um fio de cabelo dela, os doentes são vocês e seu preconceito - devolvi a tapa na cara daquela maldita infeliz - saiam daqui porque ela não precisa de pessoas assim... são pais, deveriam apoiar... não precisam gostar das escolhas dela, mas deveriam estar ao seu lado.

Bruno: Vou acabar com a sua vida... com a sua carreira.

Maria: Pode tentar... Refúgio é maior de idade para tomar suas próprias decisões.

Suellen: Isso não vai ficar assim sua... sua - engoli a raiva - pode ter certeza Refúgio... você nunca será feliz ao lado dessa mulherzinha - a olhei com desdém - só espero que ela não te chute na primeira oportunidade e você se arrependa da sua escolha... acha mesmo que ela te quer?... uma garota estúpida que mau sabe o que é o mundo... ela só quer te usar na cama dela... quando enjoar, vai te trocar... como fez com todas as outras... isso é o que ela é - falei e sai lhe deixando.

Sentir aquele tapa da minha mãe não foi fácil. Mas não doeu tanto quanto as suas amargas palavras. Vi os dois saírem e chorei. Chorei sentindo tudo doer em mim, sabia que eles reagiriam dessa forma, mas não ao ponto que chegaram. As palavras de minha mãe ficaram ali fazendo morada em minha cabeça e o medo de perder a Maria me dominou. Sabia que ela poderia sim me deixar... mas por outra? Mds o que está acontecendo comigo? O que? Eu só queria ter morrido naquele lugar sem que ninguém tivesse me encontrado, só assim eu não sentiria essa dor me dominar.

Ma petite peste✅Onde histórias criam vida. Descubra agora