MPP. 28

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Escrita SraSandoval9

Refúgio: Sabe que eu sempre admirei sua forma de ser... sua força de lutar contra o mundo por sua filha... por ter seu lugar e conseguiu... é uma grande profissional... uma excelente mãe... eu sei que eles terão muita sorte por tê-la em suas vidas... você sempre foi mais que a mãe da minha única e melhor amiga - sorri triste olhando para Luíza - vi que era amor... quando te achei em mim e me perdi em você... foi algo inusitado... diferente... foi forte... lindo - deixei algumas lágrimas saírem - tentei resistir... não queria te complicar... mas eu não consegui fugir... você foi a luz e a força que eu não conhecia... mudou completamente à minha vida e apesar de tudo eu te amo... te ter ao meu lado é um privilégio... temos um futuro incerto - à olhava triste - ao que me compete farei de tudo para que as coisas fiquem bem... eu te amo... e diante de todos quero te reafirmar isso... aceita ser minha esposa?

Maria: Sim... eu aceito e sempre serei sua - falei baixo, apenas para ela ouvir - por mais que a vida nos leve por caminhos diferentes - mostrei minha mão para ela.

Peguei a aliança na pequena caixinha e levei até seu dedo, depositando um beijo ali após a colocar. O juiz encerrou a cerimônia nos declarando oficialmente casadas. Assinamos toda a documentação e seguimos para a pequena recepção que Maria havia organizado. Optamos por não nos beijarmos em respeito a todos e principalmente ao momento que estávamos vivendo, apenas nos abraçamos selando esse momento. Segui toda a cerimônia ali dando atenção à todos os convidados com deveria ser. Cumpriamos perante aos nossos convidados o papel de recém casadas felizes, o que não estava sendo. Em um certo momento me afastei e fui para o meu quarto, entrei e sentei no sofá chorando. Não conseguia fingir que estava bem, quando não estava.

Vi ela saindo e não fui atrás. Ela não me queria, era notável em seu semblante. Quando a maioria se foi eu me despedi da minha menina e fui para o quarto. Entrei e a vi deitada na cama, estava tão triste e silenciosa. Fui ao banheiro, tirei toda a minha roupa e tomei meu banho pensando em como tudo poderia ser diferente. Eu amava ela mas não irá mais me impor, voltei para o quarto indecisa se deveria ou não permanecer na mesma cama que ela e deitei por mais que para mim fosse um martírio.

Refúgio: Se você achar melhor, vou dormir em outro quarto - falei sem lhe olhar, estava de costas para ela - como todos já estavam saindo, vim para o quarto... precisava descansar um pouco.

Maria: Não precisa... se quiser eu saio - falei deitando triste, sempre achei que um dia chegaria ao fim, mas não sabia que seria tão rápido.

Refúgio: Está tudo bem - falei me sentando na cama - calma meus amores - toquei minha barriga em uma carícia - vai ficar tudo bem - falei respirando fundo.

Me virei ficando de frente.

Maria: Estão agitados? - sorri olhado para a barriga dela - posso tocar?

Refúgio: Um pouco... pode sim... só não sei se vai conseguir sentir - olhei para ela - ainda são bem pequenininhos.

Sorri passando a mão na barriguinha que ainda estava lisinha.

Maria: Serão lindos... você é linda e vão herdar a sua beleza - sorri nostálgica ao lembrar de como foram feitos.

Refúgio: Está arrependida Maria? - a olhei esperando sua resposta.

Maria: De que? - perguntei com o coração aos pulos - de lhe amar? Eu nunca me arrependeria de amar você... te amei desde que te vi e amo meus filhos... todos eles... tivemos momentos difíceis Refúgio, mas tivemos bons momentos... são deles que me lembro... o amor não se acaba assim, em um estalar de dedos... não dá para apagar ou passar uma borracha... mas nem sempre ficamos com quem amamos, tão pouco se pode grudar vinte e quatro horas... mas isso não significa que quem amamos não seja importante, nem que não seja nossa prioridade... nem sempre um grande amor é compreendido...- falei tirando a minha mão - tenha uma boa noite - beijei a barriga dela e me virei para dormir.

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