MPP. 27

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Escrita com SraSandoval9

Refúgio: Precisei de você e não foi à noite... passei por coisas que você se quer imagina - respirei fundo - sua família é apenas um escape para você... eu não vou mais falar Maria... já me deixou claro o que é importante para você... me deixa por favor... vou passar à noite aqui... se precisar chamo alguma enfermeira... quero descansar... vá pra casa... volte aos seus afazeres - falei sem lhe olhar... suas palavras estavam me doendo mais que tudo.

Maria: Não vou sair... não irei de forma nenhuma... posso ter errado mas foi por amor... tentei fazer uma surpresa e olha só... ultimamente nada do que eu faço lhe agrada... nada... pode me colocar para fora daqui, pode não me querer mais... mas esse bebês são meus também, eu estive lá... então não... não sairei - sentei no sofá com raiva, já não sabia mais o que fazer.

Refúgio: Faça o que bem decidir... fugiu quando eu mais precisei... agora pouco me importa o que faça... errou por amor mesmo - ri sem vontade - amor ao seu trabalho e não à sua namorada... nunca lhe disse que não são seus filhos... só não quero que fique... já que insiste... faça como bem entender... só não me toque... sua prioridade não sou... nunca serei... um dia vai se arrepender de tudo isso... vai querer voltar no tempo e será tarde demais... só espero que acorde e perceba que sua família é sua única prioridade - fiquei de costas para ela... queria chorar mas não conseguia... não suportava mais viver toda aquela pressão.

Dr: Com licença mamãe - sorri me aproximando - como se sente?... vim lhe examinar como havia combinado... precisamos estabilizar essa pressão.

Refúgio: É impossível ter uma pressão estável em meio a minha vida Dr - respirei fundo.

Balançei a cabeça e sai. Não adiantava falar nada, ela não iria entender, nunca me compreenderia. Quando o médico saiu, eu voltei e fui até ela, que voltou a ficar de costas quando me viu entrar.

Maria: Então vai ser assim? Vai me proibir de estar com você? Vai fingir que eu não existo?

Refúgio: Eu não preciso fazer isso... já o fez... à muito tempo vem fingindo que eu não existo e para isso acontecer não foi preciso que fizesse nada... pode ficar se quiser... é mãe dos meus filhos também... tem todo direito de ficar... eu só quero descansar - falei sem lhe olhar... lhe tratar dessa forma estava acabando comigo.

Maria: Amor não faz assim, já expliquei, venho te perguntando o que gosta porque quero que nosso dia seja especial - puxei a cadeira e sentei ao lado dela - amor... não existe nada nesse mundo que eu não ame mais do que você... nossos filhos, e minha filha... mas não posso virar as costas as minha responsabilidade.

Refúgio: Então me prove Maria... me prove o quanto tudo isso é importante e essencial para você - falei calma - me deixou todos esses dias sozinhas... sabe que estou sendo seguida? Que ontem por pouco não bati o carro... não sei como consegui chegar em casa... quando entrei recebi uma ligação... entrei em pânico... te liguei por várias vezes... não consegui... Dionísio me ajudou... quando deveria ser você à estar ao meu lado... eu não conseguia respirar... senti tudo sufocando e se não fosse por ele ter chegado à tempo, imagina o que teria me acontecido?

Maria: Eu... meu celular sumiu, estou sem ele... sinto muito... já estou prepando tudo... depois do nosso casamento vamos viajar, não era para ter saído sozinha, Tobias estava a sua inteira disposição - passei minhas mãos nos cabelos em agonia - isso é, se ainda quiser casar comigo.

Refúgio: Sumiu - ri sem vontade - não vamos Maria... eu não posso viajar... estou de repouso... esqueceu o que a médica falou?... eu não sei Maria... me diga você... como será nossa vida de casadas... será assim? Você em seu mundo e eu no meu? - perguntei calmamente

Ma petite peste✅Onde histórias criam vida. Descubra agora