Escrito com SraSandoval9
Refúgio: Não fala isso Maria... eu sei que me ama... me ama da mesma forma que te amo... vamos lutar pelo nosso amor... juntas sempre - entrelacei meus dedos aos dela - daria minha vida por você sem pensar uma vez... nunca duvide do meu amor - rocei meus lábios aos dela - não desistiria de você por dinheiro algum... você é a minha riqueza... meu maior tesouro e um dia espero que possamos ter um bebê juntas - falei envergonhada.
Maria: Bebê? - sentei na cama agitada... eu já tinha passado dessa fase, mas ela estava apenas começando uma vida... o medo se apoderou outra vez e se eu não fosse o bastante para ela? - vo... você quer ter um bebê?
Refúgio: Você não quer? - sentei na cama lhe olhando - esquece... foi uma idéia estapafúrdia que passou pela minha cabeça... eu... eu vou dar uma volta... é melhor... aproveita e descansa - a olhei e me levantei da cama saindo do quarto logo em seguida.
Deixei ela ir. Não sabia o que dizer, amava Refúgio... Mas um bebê? Não sei se estou preparada para ser mãe outra vez e sei que é egoísmo ficar com ela assim, mas a amo. A vi sair e deitei bocejado. Fiquei tão perdida em pensamentos, que adormeci.
Fechei à porta do quarto, desci as escadas e sai de casa. Os seguranças estavam lá e me recusei a sair com algum deles. Caminhei um pouco e logo sai do condomínio, tinha alguns trocados na bolsa, caminhei até um ponto de ônibus que tinha ali próximo e entrei sem saber que rumo ele tomava. Meu erro foi sonhar uma vida perfeita ao lado da mulher que era tudo para mim. A única que havia me amada sem se importar com quem eu sou. Seu único erro é ter medo de nossa diferença de idade... eu sinto esse medo dentro dela e confesso ter medo de um dia ele explodir.
Horas depois acordei e fui informada que Refúgio tinha saído e não tinha aceitado segurança atrás dela. Isso me deixou com mais raiva ainda e uma louca vontade de dar umas palmadas naquele lindo traseiro. Os seguranças me garantiram que ela estava sendo seguida e fiquei mais calma.
Rodei por horas dentro daquele ônibus, até que finalmente desci próximo ao condomínio. Já era noite quando eu entrei em casa. Maria estava em seu escritório, de longe vi a luz ligada, subi para o quarto, tomei um banho e me deitei dormindo em alguns minutos.
Os dias se passavam rapidamente, já estava bem melhor, tinha tirado os pontos dos pulsos e voltado para faculdade, assim como Maria havia voltado para seus afazeres diários. Passava o dia todo na faculdade, quando chegava à noite corria para cama, não queria discutir com Maria, então quando ela chegava ou eu estava realmente dormindo ou fingia dormir. Estávamos mais afastadas que antes, o que estava me deixando bem mal.
Nesse dia cheguei cedo em casa, depois de uma audiência cansativa. Sabia que Refúgio estava me evitando e já não sabia mais o que fazer. Sempre que me aproximava ela se afastava, mal trocávamos duas palavras. Luíza também não falava comigo, já tinha ido atrás dela várias vezes e ela me evitava. Mas eu não desistiria, jamais iria desistir da minha filhinha. Entrei no quarto e fiquei admirada por vê-la saindo do closet.
Maria: Nossa.. que milagre você em casa a essa hora.
Refúgio: Pensei que estivesse trabalhando... olha eu não vou te atrapalhar... vou para outro quarto... aproveito e vou estudar... vou só pegar meus livros e saio.
Maria: Vai ser assim? É assim que quer um casamento, que quer ter um filho? Se quando tem raiva não quer conversar, nem busca um entendimento... é assim que vai ser? Está bem Refúgio... faça como quiser - tirei meu casaco com raiva... retirei a arma que estava em minha cintura e comecei a caminhar para o banheiro.
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Ma petite peste✅
FanfictionNesse corpo meigo e tão pequeno há uma espécie de veneno bem gostoso de provar.