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E rabiazinhas, espero que estejam gostando.

Bianca

- Manoela, me conta um pouco mais sobre a sua prima - pedi, mas nem sabia porque.

Na verdade, eu sabia, mas não deixaria que ela descobrisse que a caipira tinha me atraído.

- O que você quer saber? - Ela me perguntou um pouco surpresa.

Me sentei em uma cadeira ao lado dela, e, antes que eu pudesse filtrá-las, as palavras saíram da minha boca.

- Ela tem namorado ou namorada? - Putz! Ela vai desconfiar.

Manoela me olhou confusa, e eu achei que ela não me responderia.

- Bom, Sim e não! - Exclamou olhando para o nada.

Então o estado de confusão mudou de lado, e era eu quem estava perdida na história.

- Como assim? - Continuei o questionamento.

- Rafaella não namora, mas todas as mulheres e homens da região a namoram. - Deu de ombros.
Excelente! Esclareceu tudo. Manoela notou meu olhar perdido e continuou. - É o seguinte: hoje à noite você vai descobrir por que nenhuma pessoa viva, dos 15 aos 70 anos, consegue resistir a Rafaella Kalimann.

Senti que estava encrencada.

(...)

Depois das palavras de Manoela fiquei ainda mais animada para aquela noite. Não estava muito interessada no que iria acontecer no bar, desde que Rafaella estivesse lá.

Comecei a me arrumar logo cedo, queria estar deslumbrante.

Rafaella sentiria na pele o que tinha me feito durante a tarde. Eu ainda estava furiosa pelo quase beijo. Filha da mãe. Lavei meus cabelos e deixei que secassem ao natural.

Tinha sorte de tê-los ondulados, assim eles ficaram bonitos sem precisar de muita coisa.

Escolhi um vestido preto todo em paetê e sandálias altíssimas vermelhas da Manolo Blahnik. Uma bolsa de mão da Victor Hugo completava meu look. Ouvi uma batida na porta e previ que seria Manoela, pois já estava no horário marcado. Eu não via a hora de estar cara a cara com Rafaella novamente.

Daquela noite, ela não me escaparia.

Abri a porta e causei a reação esperada. Ela ficou de boca aberta. Modéstia à parte, eu sabia me produzir.

- Onde você pensa que vai vestida assim? - Perguntou apontando para minha roupa.

Dei uma volta para que ela pudesse apreciar melhor meu modelito.

- Mas nem a pau que você vai sair comigo vestida assim - ela disse assim que eu parei em sua frente novamente.

Manoela estava usando um jeans preto colado ao corpo, uma camisa xadrez em tons de rosa e, como sempre, botas. Estava até bonitinha, mas eu não entendi o que ela queria dizer com aquele comentário.

- Como? - Perguntei confusa.

Coloquei as mãos na cintura e fiquei aguardando uma resposta. Mas ela não me respondeu, pelo contrário: passou por mim e abriu as portas do armário. Fiquei de boca aberta com a audácia daquela garota.

- Sério? - Ela levantou o olhar, me questionando. - Nenhuma camisa, jeans, sapatilha ou bota? - Perguntou, tirando os meus saltos do armário.

Dei alguns passos em sua direção e peguei as sandálias de suas mãos. Guardei tudo de volta com muito carinho. Se havia uma coisa da qual tinha ciúme, era dos meus sapatos.

Domando Corações - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora