Capítulo 17: Tarde quente.

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Sábado 10:00 AM...

Acordei e fiquei um tempo ainda deitada e olhando para o teto escuro do quarto. Eu amava ficar reparando no teto escuro, a Beck tinha colado uns adesivos de estrelinhas que brilhavam no escuro, por isso eu adorava. Ontem foi dia de comida especial no refeitório do campus, teve comida japonesa. Mas depois da conversa longa e tensa que tive com o Will, preferi ficar no quarto e comer alguma coisa do frigobar. A Beck ainda não voltou, confesso que estou um pouco preocupada, mas se tivesse algo errado, o Will já teria tomado as providências. Peguei meu celular pra conferir que dia é hoje "10:28 AM - Sábado".
Me levantei e fui correndo tomar um banho.

"Droga! Como esqueci do compromisso na casa do Sam?" Resmunguei alto enquanto abria o chuveiro.

Tomei um banho rápido e me vesti. Decidi usar um vestido na altura dos joelhos, de modelo indie na cor azul turquesa. Nos pés calcei uma sandália preta de tirinhas. Decidi não caprichar muito na maquiagem, afinal eu estava indo buscar algo, não estava indo para um encontro. Passei um rímel e um lápis pra deixar o olho com um delineado preto. Nas bochechas um blush clarinho e na boca um batom nude. Optei por deixar o cabelo solto, pra secar naturalmente. Olhei as horas no celular e reparei que eu tinha somente dez minutos pra chegar na casa do Sam, é óbvio que eu chegaria atrasada. Peguei meu celular e chamei um Uber, Sam já tinha me enviado a localização. Desci para a entrada do campus e o Uber já estava me esperando. Entrei no carro e vi as horas no painel do carro, faltava quatro minutos para as onze da manhã e eu me dei conta de que nem sabia pra que lado ficava a casa do Sam. Meu celular vibrou e li na tela o nome dele.

- Bom dia! Você vem né? Sam.
10:56 AM

- Bom dia! Claro, já estou a caminho. Hanna. 10:56 AM

Depois de dez minutos o Uber parou em frente a uma casa linda e bem grande. Agradeci ao motorista e saí do carro. Olhei as horas no celular pra ter certeza de quantos minutos eu tinha me atrasado e lá estava eu na frente de uma porta branca, seis minutos atrasada. Percebi que aquela era a casa do Sam por causa do carro dele parado na garagem. Me olhei no reflexo da janela e ajeitei meu cabelo. Eu estava nervosa e ansiosa. Toquei a campainha e dei um passo para trás. Cinco segundos depois Sam abriu a porta.

"Finalmente!" Ele sorriu pra mim. Sam estava vestido com uma camiseta azul e um short de linho claro.

"Mil desculpas pelo atraso." Sorri envergonhada. Sam se afastou da porta e me deu um beijo delicado na bochecha. Aquele beijo fez meu coração acelerar.

"Vem, entra! Comprei um almoço delicioso pra gente." Ele piscou pra mim e me puxou pra dentro da casa. A porta se fechou sozinha. A casa do Sam era ainda mais bonita por dentro. A sala de estar era ampla, tinha dois sofás aparentemente confortáveis de linho na cor bege, um tapete enorme na mesma cor do sofá e um painel com TV e outros aparelhos. Bem no cantinho perto da porta tinha um vaso com um mine pinheiro.

"Caramba, sua casa é linda." Falei observando.

"Você deve estar pensando o porquê gosto tanto de linho né?" Ele sorriu me olhando.

"Tem razão, eu estou. Mas eu entendo, linho é lindo." Respondi sorrindo.

"Vem, vamos para a cozinha. Um almoço mexicano está nos esperando." Ele pegou na minha mão e foi me levando. Logo a direita depois da sala, tinha uma escada de mármore branco que provavelmente levava para os quartos. Chegamos na cozinha e meus olhos percorreram o ambiente automaticamente. A cozinha era grande, com uma ilha no meio onde estava o almoço e um mine arranjo de flores naturais, separando os lados. A bancada da ilha também era feita de mármore branco e o restante da cozinha era em inox com detalhes pretos. A casa era grande demais e muito bem decorada para um salário de professor.

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