Quarta feira, 2:33 PM...Eu não tinha ido às aulas da quarta feira. Achei que depois de tudo que me aconteceu ontem, eu merecia uma folga. Ainda não tinha saído do quarto, nem mesmo para almoçar. Mas eu precisava. Foi aí que decidi tomar um banho, me arrumar e sair. Queria tomar um café e comer alguma coisa doce que não fosse do campus. Me arrumei rapidamente após o banho e chamei um Uber. Decidi ir sozinha até o Starbucks. Sem avisar ninguém. O lugar escolhido nem ficava tão longe do campus. Quando cheguei, escolhi uma mesa próxima ao balcão onde uma porção de atendentes preparavam os cafés. Perto o suficiente da comida e da segunda porta de entrada da cafeteria, que quase ninguém usava.
Pedi um Iced Caramelo Macchiato e um Muffin de morango. Quando comecei a comer, reparei em um homem que estava sentado a alguns metros de mim. Após alguns minutos, uma garota de aproximadamente vinte anos chegou vestindo um vestido curtíssimo e se sentou na mesa dele. De costas o tal cara até parecia o Sam. Enquanto degustava meu café gelado, eu analisava os dois.
Depois de alguns minutos me dei conta de que estava ficando paranóica. É claro que o homem não era o Sam. Então desviei meu olhar e fui conferir meu Instagram, nenhuma mensagem, nem mesmo de Simón. Será que ele sabia o que tinha acontecido? Me perguntei em silêncio.
Passei algum tempo enrolando para terminar de comer, quando finalmente fui tirada do tédio novamente pelo casal. Voltei minha atenção para os dois quando de repente o cara se levantou. Ele tinha as mesmas características do Sam. Era alto, forte, pele branca, cabelos loiros e se vestia bem. Mas tirei todas essas conclusões com o cara virado de costas pra mim. Até que, o cara se virou de frente e sorriu para a garota que se levantou logo em seguida."Puta merda!" Esbravejei quase sussurrando ao reparar que minhas conclusões estavam certas. Era mesmo o Sam. O cara foi caminhando rumo a porta que não ficava tão longe da minha mesa, sorrindo junto com a garota, que por sinal era muito bonita. Joguei o meu cabelo praticamente todo no rosto, tentando me esconder. Abaixei a cabeça e fingi procurar algo no chão. Até que ouvi o barulho da porta se abrir e eles saírem. Respirei aliviada e fiquei alguns segundos tentando raciocinar. Foi aí que tive a bela ideia de segui-los. Virei o restante do meu café e enfiei o pedaço de Muffin na boca. Quando saí, entrei em um carro da Uber que estava estacionado na porta do Starbucks. Os carros ficavam sempre em filas, esperando os possíveis passageiros. Algo muito prático afinal. Sam entrou em seu carro acompanhado e deu partida, saindo devagar.
"Deseja ir pra onde moça?" O motorista perguntou me tirando do transe.
"Aquele carro - Apontei - Você pode segui-lo?" Perguntei e o motorista concordou balançando a cabeça.
"Mas por favor, mantenha uma certa distância. Não quero que descubram que estão sendo seguidos." Pedi e sorri sem graça ao ver o motorista me encarar confuso pelo retrovisor.
"Tudo bem. Não costumo fazer isso, sempre tenho um destino para localizar o gps. Mas vou atender seu pedido." Ele sorriu e piscou pra mim, ainda me encarando pelo retrovisor. Ah meu Deus! Era só o que me faltava. Um cara pra dar em cima de mim. Tive que bolar algo rápido para me sentir segura.
"Muito obrigada! Preciso mesmo saber com quem minha namorada está me traindo." Soltei rapidamente nem acreditando no que acabei de dizer. O homem fechou o sorriso e retornou o olhar para a direção. Bingo! Pelo menos funcionou. Depois de um tempo o carro do Sam encostou em frente de uma casa bonita e desligou o carro.
"Quer que eu encoste lá?" O motorista perguntou.
"Não! De jeito maneira, pode ficar aqui, distante. Por favor!" Esclareci e comecei a observar. Sam desceu do carro e abriu a porta para a garota, que desceu sorrindo e rapidamente se jogou em cima dele. Sam segurou a cabeça dela e os dois se beijaram como dois loucos. Sam alternava suas mãos entre o pescoço e a bunda dela, que estava quase de fora por causa do vestido curto. Santo Deus!
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Como sobreviver ao mundo
RomansaHanna Cooper é uma garota de 17 anos. Indo para o último ano da escola, Hanna imagina que viverá os melhores momentos... Daqueles de guardar na mente. Mas, não é bem assim que as coisas acontecem. Mudanças bruscas ocorrem, transformando sua pesso...