Ainda dia 21 de novembro...
12:57 AM...
Tínhamos pousado a vinte sete minutos, a esteira do aeroporto teve que parar pra socorrer um garotinho de cinco anos, que literalmente subiu e foi levado sabe se lá pra onde. Tivemos que esperar pra pegar nossas malas. Assim que pousamos, tentei ligar pra minha tia, mas ela não atendeu. Minutos depois ela mandou uma mensagem.
Hanna, não vou conseguir buscar vocês no aeroporto. Preciso deixar algumas coisas organizadas aqui no restaurante. Pegue um táxi. Vejo vocês mais tarde, em casa.
Um beijo e me desculpe.
Laureen."Tá de brincadeira!" Resmunguei e revirei os olhos. Will se aproximou de mim e me olhou.
"Algum problema?" Ele perguntou.
"Minha tia não vai poder vir buscar a gente. Teremos que pegar um táxi." Falei desanimada.
Caminhamos até a entrada do aeroporto e fomos até um dos diversos táxis que ficam parados esperando passageiros. O motorista colocou nossas três malas na traseira e entramos. Dei o endereço e ele arrancou. Provavelmente minha tia estaria cheia de trabalho. Em todos os meus aniversários, eu passava com o Simon. Ela sempre esquecia ao longo do dia. Esse ano vai ser um pouco diferente, mas ainda sim, igual."Ei, no que está pensando?" Will segurou minha mão e sorriu.
"Nada demais. Só que minha tia vai ficar no trabalho até tarde e meu aniversário será uma fraude!" Forcei um sorriso.
"Amiga, não! Nós podemos comemorar. Talvez sairmos juntos, não sei. Tudo bem se sua tia estiver trabalhando." Beck sorriu para mim.
"Claro. Podemos comemorar." Continue forçando um sorriso. Alguns longos minutos e lá estávamos nós, na porta da minha casa. O trânsito estava mais lento por conta do feriado. O taxista desceu nossas malas e Will fez questão de pagar. Peguei a chave na minha bolsa e abri a porta. Ao entrar senti um cheiro gostoso e doce, talvez bolinhos de baunilha. Mas logo desconsiderei a hipótese. Aquilo poderia ser só minha memória afetiva, lembrando de quando minha tia me acordava aos sábados pra tomar café. Quando eu descia pra cozinha, encontrava uns quinze bolinhos de baunilha em cima da mesa.
"Não tem ninguém em casa?" Will perguntou me tirando do transe.
"Não. Minha tia está no restaurante, Simon também. Ashley voltou para o trabalho. Beck, seja bem vinda!" Sorri e caminhei em direção à cozinha, só pra conferir, quando de repente um balão se estourou, me assustando.
"Surpresaaaa!" Minha tia gritou e Simon jogou confetes de papel brilhoso pelo ar. Sorri de verdade ao ver a cena. Eles me pegaram!
"Parabéns pra você... nessa data querida - Ashley apareceu segurando um bolo com várias velinhas acesas em seu topo. - Muitas felicidades, muitos anos de vida! Parabéns filha, seja bem vinda!" Ela sorriu e parou o bolo na minha frente, para que eu pudesse assoprar as velas. Olhei pra ela e encarei seus olhos, que brilhavam com a luz do fogo.
"Vai, Hanna Banana! Faz um pedido e assopra!" Simon me encorajou e fechei os olhos. Fiz o pedido e assoprei. Ao abrir os olhos, Beck gritou:
"Viva a Hanna!" E todos bateram palmas.
"Poxa, gente... obrigada por isso." Agradeci emocionada e minha tia me abraçou. Logo em seguida Ashley veio me abraçar também, acabei cedendo.
"Obrigada por me aceitar nesse dia, filha." Ela sussurrou no meu ouvido e se afastou secando os olhos. Simon veio na minha direção e me abraçou. Céus! Como eu necessitava daquele abraço. Eu e Simon temos uma ligação de outra vida, eu tenho certeza.
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Como sobreviver ao mundo
RomantizmHanna Cooper é uma garota de 17 anos. Indo para o último ano da escola, Hanna imagina que viverá os melhores momentos... Daqueles de guardar na mente. Mas, não é bem assim que as coisas acontecem. Mudanças bruscas ocorrem, transformando sua pesso...