𝔸𝕕𝕠𝕣𝕒𝕧𝕖𝕝 𝕖 𝔸𝕞𝕒𝕣𝕘𝕒 𝕍𝕚𝕟𝕘𝕒𝕟𝕔𝕒 - 𝔹𝕖𝕒𝕦𝕒𝕟𝕪 [CONCLUÍDA]

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟠

Joshua Kyle Beauchamp

Quando eu digo que vou acabar ficando louco, não estou brincando. Estou, há algumas semanas, caçando aquele cara, mas ele sempre conseguia se safar de alguma maneira, e agora ela me aparece aqui em casa com o homem nocauteado nos ombros.

Como ela fez isso?

Minha ficha começa a cair e perguntas passam a rondar minha cabeça. O cara deve ter o dobro, ou até o triplo do tamanho dela, além disso, é um cara perigoso e profissional no que faz. Preciso me lembrar de perguntar para ela.

Antes de ir embora ela ainda disse uma coisa: "Me prove". Ela quer que eu prove que eu me sinto atraído por ela? Mas isso já não ficou óbvio?

A verdade é que depois de eu ter acordado ao lado de uma mulher, que eu achava ser a Any, e ter ficado bolado por não me lembrar de nada, eu percebi que realmente estou gostando dela.

GOSTANDO

Porque, para que fique bem claro, eu não me apaixono. E eu tenho certeza que o fato de eu estar gostando dela, só aconteceu porque ela me desafia e me provoca, e todos sabem que eu amo um desafio. E nunca perco.

Agora como eu posso mostrar para ela que eu a quero, mas sem parecer um viadinho apaixonado? Porque as mulheres tem um sério problema em acharem que porque o cara fudeu mais de uma vez com elas, é porque quer casar e ter 5 filhos. Eu só estou a procura de diversão e de prazer.

Se ela espera que eu faça uma serenata, convide ela para ir a um restaurante 5 estrelas… pode esperar sentada. Não sou romântico, e nem pretendo ser.

Durante a tarde, Pepe me liga dizendo que o nosso querido "amigo" acordou. Coloco uma roupa e vou até minha moto para ir o mais rápido possível para a boca e resolver logo o meu problema.

Quando entro na sala de tortura, encontro Crânio, o apelido do homem que Any trouxe até mim, amordaçado e amarrado a uma cadeira. Ainda é evidente em sua cabeça careca o corte provavelmente causado pela coronhada que recebeu de Any. Sorrio instantaneamente.

- Finalmente nos encontramos… - digo a ele e tiro a mordaça de sua boca, que me encara sem expressão.

- Então o tão temido JB estava ansioso para me encontrar? - diz sarcástico.

- Você não sabe como. - sorrio friamente - Vou ser direto com você. Quero saber todas as informações sobre seus comparsas que também escaparam.

- Vamos ser sinceros, Beauchamp. Você não deduraria seus amigos… e eu também não dedurarei os meus. - ele pisca.

- Acontece, Crânio, que você não tem opção. Ou me diz o que eu quero saber, ou eu farei esse corte na sua cabeça parecer picada de mosquito perto dos outros que farei.

- Não tenho medo de você. - fala rispidamente.

- Não importa. Basta você saber quem está no comando aqui. - digo e ele ri.

- Bom... NU, pega o cigarro e o isqueiro para mim. - digo para Urrea que prontamente faz o que eu pedi - Onde está o BM?

- Tá cuidando dos carregamentos, JB. - Pepe responde e eu assinto.

Pego um cigarro e acendo. Dou a primeira tragada e solto a fumaça na cara do homem amarrado a minha frente.

- Quero saber quantos caras tão envolvidos no seu negócio. - faço uma pausa - Ou melhor… estavam envolvidos, já que eu acabei com o seu esquema.

- Pode desistir, JB, porque eu não vou falar. - ele me responde e se cala, eu pego o cigarro e queimo uma parte exposta de seu braço.

- Da próxima vez que eu perguntar, quero uma resposta. Quais os nomes? - ele fica calado e eu pressiono o cigarro em sua cabeça.