𝔸𝕕𝕠𝕣𝕒𝕧𝕖𝕝 𝕖 𝔸𝕞𝕒𝕣𝕘𝕒 𝕍𝕚𝕟𝕘𝕒𝕟𝕔𝕒 - 𝔹𝕖𝕒𝕦𝕒𝕟𝕪 [CONCLUÍDA]

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚𝟟

Esse foi, sinceramente, o capítulo mais difícil que já escrevi até agora. Não está totalmente do meu agrado, mas espero que esteja minimamente bom. 

Era para ter saído ontem, mas ocorreram os imprevistos e infelizmente não consegui. 

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Any Gabrielly

Joshua seguia pela frente, guiando a mim e ao resto do grupo. Não foi muito difícil chegarmos até os fundos da casa, já que não havia nenhum tipo de iluminação externa, e, além disso, as janelas do andar superior eram as únicas abertas.

Paramos e continuamos escondidos esperando JB receber o sinal dos meninos avisando que poderíamos invadir. Ele, de repente, corta o silêncio e me encara.

- Você tem mesmo certeza de que quer fazer isso? – mesmo com a escuridão, eu conseguia notar seu olhar penetrante.

- Já disse que sim, Beauchamp. – afirmo com convicção.

- Você já disse que sabe usar uma arma, se defender e tals... – ele faz uma pausa – Mas lá dentro vamos ter que lidar com vários caras bem preparados, não apenas um como você fez no outro dia.

Os comentários dele, por mais que achasse que estivessem me fazendo repensar minha decisão, estava me fazendo, mais do que nunca, querer entrar lá e acabar com a graça daqueles homens.

Eu sempre amei fazer isso. Eu achava que fazer faculdade era o certo para mim, mas eu estava completamente enganada. Deveria, inclusive, agradecer a Beauchamp. Já que eu só comecei a estudar mais sobre a arte da investigação, de defesa, por causa, justamente, dele.

Eu podia sentir a adrenalina correndo por minhas veias. O meu coração disparado devido à ansiedade pelo que estava por vir. Quando o radinho de JB toca, alertando que já estavam a postos, percebi que nenhum dos dois havia desviado o olhar.

- Recebido. – ele comunica aos outros grupos, ainda sem parar de me olhar – Cinco minutos. – pede.

- Vai dar tudo certo. – digo a ele, tentando aliviar sua visível tensão.

- Lá dentro, eu não vou poder te proteger o tempo todo. – ele diz, ainda nervoso – Seria pedir muito para que você volte para o carro e espere lá? – ele pergunta.

Ele está preocupado comigo. Está preocupado com o fato de não conseguir me proteger e de, talvez, acontecer alguma coisa comigo. Eu, com certeza não deveria, mas estou amando o fato dele querer me proteger e estar aflito com a minha insistência.

- Eu não vou sair do seu lado. – digo e minha mão vai, espontaneamente, para a sua, que estava apoiada sobre seu joelho dobrado, já que estamos abaixados.

Seu olhar é desviado para nossas mãos e, é apenas nesse momento que me dou conta do que fiz. Rapidamente tiro a mão e passo no cabelo para disfarçar e ele volta a me encarar com aqueles intensos olhos azuis.

- Eu vou ser cuidadosa, prometo. – finalizo e ele assinte.

Ele volta seu rosto para observar a construção e começa a andar para a entrada, eu e os vapores de Joshua o seguimos em silêncio. Quando já estamos a uns 5 metros da porta dos fundos, ele aciona um botão no rádio, mandando um sinal para os outros grupos.

- É agora. – ele diz para nós e segue em direção a porta.

Conseguimos ouvir tiros vindos do outro lado do terreno, e aproveitamos isso para entrarmos. Joshua levanta sua arma e dá um tiro na fechadura da porta para que possamos entrar na casa. Entramos em uma espécie de lavanderia, que era conectada com uma espaçosa cozinha.