Namjoon e Bella se esbarraram por acaso em um parque, dando assim início à uma bela história de amor. O relacionamento dos dois permanecia intacto até Bella receber uma proposta do trabalho de seus sonhos, mas havia um problema: Ela teria que se mud...
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capítulo narrado por Namjoon.
A ventania marcava presença na tarde em que eu conheci a mulher a qual pensei que jamais me separaria. Era inevitável não sentir a conexão que tínhamos logo em nosso primeiro encontro nada elaborado naquele parque quando ela, sem querer, esbarrou em mim e fez com que, a partir do momento em que nossos olhos se cruzaram e eu ouvi sua voz amena, eu me apaixonasse.
A cada dia que passava nós nos conhecíamos melhor, passeávamos por semanas e eu tomei a iniciativa de saciar toda a paixão que sentia pela jovem e a beijei; sendo sincero, foi uma ótima escolha, pois a partir do momento em que nossos lábios se tocaram, percebi que estava realmente apaixonado. Por anos estive pensando que Bella e eu tivéssemos sido feitos um para o outro, contudo, eu estava enganado.
Estava complemente enganado.
Nossa relação era algo saudável, todavia, como nada é cem por cento perfeito, surgiu algo que destruiu aquilo que eu tanto priorizava. De maneira alguma eu culpo a mulher que amei, afinal, ela apenas seguiu o seu sonho e não quis que eu desistisse de minha vida na Coreia para acompanhá-la em sua mais nova trajetória.
— Cara, até quando vai ficar nessa? — Seokjin, o meu fiel amigo, questionou escorado na parede da sala.
— Está pedindo para que eu supere tudo tão rapidamente? Céus, perdi a mulher que eu amava!
— Amava? Isso quer dizer que não a ama mais?
— Não foi isso que eu quis dizer...
— Qual é? Já vai fazer um ano! Vamos sair hoje, meu amigo vai dar uma festa.
— Que amigo?
— Yugyeom.
— Eu não o conheço, não vou à festa.
— Vai ser bom para você se distrair — afirma pegando o celular e caminhando até a porta, logo a abriu — Estarei aqui às seis.
— Mas Jin! — saiu antes que eu terminasse a frase.
Em passos revoltados, subi ao meu quarto e me joguei na cama enquanto soltava um profundo e exausto suspiro. Em um ato automático, tombei a cabeça para o lado e dei de cara com um porta-retrato que ainda decorava a mesa próxima à cama. Ele guardava uma fotografia minha com Bella, nós registramos aquele momento em um de nossos encontros no parque onde tudo começou.
— Parque desgraçado — pensei baixo e virei o porta-retrato para baixo.
Talvez eu estivesse no lugar errado e na hora errada. Talvez, se ela não tivesse esbarrado em mim, eu não estaria em um padecimento como esse agora.
As horas passaram de forma rápida e quando olhei no écran do celular notei que já se aproximava das cinco horas. Me levantei com desdém e estiquei os braços enquanto caminhava ao banheiro pronto para tomar um banho, logo escolhi uma roupa qualquer para ir à festa a qual Seokjin comentara horas atrás. Não custaria nada tentar espairecer fora de casa.
— Pontual como sempre — falei ao rapaz que estava vestido de maneira casual.
— Eu realmente me surpreendi agora. Você vai para a festa?
— Não, eu me arrumei todo para ficar em casa — a expressão de Seok caiu — É óbvio que vou.
O ambiente onde aconteceria a festa era imenso e já estava repleto de pessoas que dançavam conforme o ritmo da música alta que preenchia o lugar. A casa onde aconteceria a festa era imensa e já estava repleta de pessoas que dançavam no ritmo da música alta que tocava. Meu amigo e eu fomos diretamente até a parte que distribuía as bebidas, não demoramos para pegar um copo com um líquido azulado e, aparentemente, pouco brilhante.
— Jin, que bom que está aqui! — um homem loiro o cumprimentou e me olhou.
— Yug, quanto tempo! Este é Namjoon, o meu amigo.
— Prazer, aproveitem a festa — pediu abrindo os braços e apontando para cada canto da casa.
— Me dê um minuto, eu já volto — Jin avisou antes de sumir do meu ponto de vista.
Assenti fraco e apertei meus dedos. Eu não estava aproveitando a festa como o tal Yugyeom sugeriu, pelo contrário, apenas sentia mais falta da minha cama e pensava no momento em que eu voltaria para casa.
Tentando não permanecer naquele mesmo ponto fixo e sem graça, decidi andar um pouco pela casa. Ajeitei a roupa em meu corpo e estava prestes a dar o primeiro passo quando, repentinamente, senti meu corpo ser levemente empurrado.
— Eu sinto muito — A menina afirmou em tom audível para que eu a escutasse bem no meio de toda aquela multidão.
Eu sentia que estava boquiaberto naquele momento. Foi daquela mesma forma que eu conheci Bella: um esbarro seguido de um pedido de desculpas. Era como se tudo aquilo estivesse se repetindo.
O amor é tão doloroso Despedidas são ainda mais dolorosas
