Namjoon e Bella se esbarraram por acaso em um parque, dando assim início à uma bela história de amor. O relacionamento dos dois permanecia intacto até Bella receber uma proposta do trabalho de seus sonhos, mas havia um problema: Ela teria que se mud...
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capítulo narrado por Namjoon.
Para mim, eu vivia um verdadeira sonho. Recuperei a mulher que amo e agora estamos felizes, contudo, ainda há um tópico a ser tratado: Chae.
Minji e eu não conversamos sobre isso com nossa filha e então, nesse momento, estou parado dentro do carro em frente à casa em que eu morava com elas. Eu me sentia nervoso e torcia para que Chae conseguisse levar essa separação numa boa.
— Papai, que saudade! — minha filha pulou em meus braços assim que eu abri a porta de casa — A mamãe falou que você estava trabalhando e por isso não voltou para casa.
O meu olhar foi automaticamente direcionado à Minji, a mulher me olhava de forma triste.
— Eu senti saudade, meu amor — beijei a testa de Chae — Mas precisamos conversar, sim?
— Tudo bem — se sentou no sofá.
— Você sabe por que as pessoas se casam?
— Sei — balancei a cabeça concordando — As pessoas se casam porque se amam, não é papai?
— Sim, filha. A mamãe e eu nos casamos porque nos amávamos, mas durante algum tempo percebemos que a relação que tínhamos não era como antes.
— Minji e eu sentimos carinho um pelo outro, mas não sentimos mais o amor.
— O que você quer dizer? — Chae perguntou já com um semblante triste.
A expressão magoada de Chae me comovia, fazendo com que lágrimas se formassem em meus olhos. Eu já não sabia mais ao certo como continuar contando sobre tudo, então olhei para Minji esperando sua ajuda.
— O que o papai está querendo dizer, filha — a mulher se ajoelhou e segurou na mão de Minji — É que ele e eu não ficaremos mais juntos.
— Papai, você vai nos deixar? — ae gotas d'água caiam sobre o rosto de minha filha fazendo o meu coração se apertar.
— Não vou deixar você, meu anjo — a abracei - Continuaremos nos vendo.
Em meio ao abraço, ouvi Chae chorar baixinho. Sua reação fez com que minhas estruturas quebrassem e a vontade de chorar naquele mesmo momento se fez presente, mas eu estava me segurando. Chorar na frente da minha filha com certeza pioraria mais ainda a situação.
Para tentar distrair um pouco a pequena, dei à ela a sugestão de irmos apenas nós dois até a sua sorveteria favorita, logo ela aceitou. Em vez de entrarmos no carro, resolvi ir andando; sabia que Chae gostava de passear comigo daquela forma.
O caminho estava silencioso, Chae andava com a cabeça baixa e sua gélida mão apertava com força a minha. Mesmo sem ver seu rosto, percebia que sua expressão era frusta, assim como a minha.
— Papai, você vai ter outra namorada? — Chae me perguntou fazendo eu ficar sem resposta. Falar sobre Bella agora seria uma boa ideia?
— Ah, quem sabe mais pra frente — respondi.
— Eu vou ficar feliz se você achar uma namorada — sorriu — Se a mamãe achar outro namorado também.
— Fico feliz por isso, filha — retribui o sorriso também. Chae tomava o seu sorvete tranquilamente. Notei que a garota me olhava e abria a boca para falar algo, mas logo desistia.
— Quer dizer alguma coisa, Chae?
— É — falou baixo — Você gosta da moça do parque?
— "Moça do parque?" — repeti pensativo, mas logo me toquei de quem Chae estava falando — Por que a pergunta?
— Ela parecia gostar de você, você se assustou quando a viu — me olhou — E ficou nervoso quando conversaram.
— Você é esperta, filha — sorri ladino — Ela e eu já nos conhecemos.
— E eram só amigos? — neguei envergonhado. Chae já não estava mais magoada, ela sorria para mim. Minha filha, por mais nova que seja, consegue entender as coisas muito bem.
— Bella e eu temos uma história — sorri — Uma história que não acabou e nem vai acabar.
Nosso encontro é como uma fórmula matemática Um mandamento religioso, providência do universo.
