26. A volta dos que não foram

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Heechul estava totalmente petrificado. Os olhos pareciam que iriam saltar de tanto que estavam arregalados enquanto a face estava tão pálida, mais tão pálida que se parecia com um fantasma.


Não conseguia acreditar. Estava mesmo vendo Baekhyun bem a sua frente? O que estava acontecendo.

Aqueles lábios se contorceram mais uma vez e aquelas borrachinhas vermelhas do aparelho ortodôntico apareceram junto do som daquela gargalhada peculiar.

- Repreende toda e qualquer assombração. Vai quebrando o mal. - afastou-se enquanto fazia o sinal da cruz com os dedos indicadores.

- Ei, Heechul. Sou eu mesmo. Byun Baekhyun em carne e osso. Pode me tocar. – pela primeira vez, o secretário conseguiu tirar algo cômico de toda aquela situação.

Houve um franzir de sobrancelhas em resposta ao mesmo tempo em que o sentimento de indignação perpassou por aquele rosto.

- Ah, tá. Acha mesmo que eu irei te ouvir? Você é uma assombração! Ninguém está te vendo além de mim. Você quer mesmo é sugar a minha alma!

- Também estou vendo o Baekhyun, Heechul. – a senhora Park interviu no meio daquela conversa sem pé nem cabeça.

- O que? – não entendeu mais nada.

Encarou o secretário, naquele momento, com um olhar de dúvida. Será que...

- Pode me tocar. – riu. – Não mordo.

O instinto fofoqueiro ou curioso do moreno falou mais alto. Se aquilo que estava pensando fosse verdade, o babado iria ser alto. Precisava confirmar.

Foi o que fez. Logo assim que o dedo fino pousou sobre a bochecha do menor, Heechul soltou um "ai" de medo, porém ao ver que o Byun estava vivo, deixou-se levar pelos próprios sentimentos.

Começou a desferir leves tapas no ombro do menor.

- POR QUE FEZ ISSO COM A GENTE? QUERIA QUE MORRÊSSEMOS? EI, MEU CORAÇÃO É FRACO. NÃO AGUENTA UMA COISA DESSAS. DA PRÓXIMA, AVISA PELO MENOS.

- Não queria ter feito, mas foi necessário. – tinha uma expressão triste na face.

- Por que não conversamos lá dentro com mais calma?

Hyo Rin os levou para dentro.

~X~

- O que?! Está me dizendo que aquela louca tentou te matar?! – era evidente a surpresa na face de Heechul que no próprio interior era acalentado com aquelas fofocas quentes e novas em folha.

Baekhyun, por outro lado, soltou um suspiro pesado enquanto tinha a sensação de ter tirado uma tonelada de si. Contar tudo aquilo para uma pessoa de fora era libertador, porque ele só queria voltar à rotina de antes.

- Sim. Ela fez isso e confesso que estou até com medo do que ela pode fazer agora.

- Heechul, esse é um caso muito sério. Estamos falando de um tentativa de homicídio. Por isso o Baekhyun precisou ficar escondido aqui. – a senhora Park tinha um brilho desconhecido no olhar.

Tudo o que o rapaz fez foi pegar o copo com água que estava sobre a mesa.

- Gente, vou até beber uma água, porque essa fofoca é muita coisa para a minha cabeça.

- Nós nem chegamos no ponto alto dela.

- Oi? – nem chegou a beber o líquido. – O que quer dizer com isso, Byun Baekhyun?

O ruivo soltou uma risadinha em resposta. Naqueles poucos minutos, sentiu-se em casa. Estava com saudades.

- Para que eu lhe conte o resto, precisará me prometer que não irá contar nada disso para ninguém. Pense que é para o bem de uma fofoca muito maior do que essa.

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