Capítulo 7

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Segunda temporada de "Amor Incompreensível".

Mais tarde naquele mesmo dia...

📍Ainê's house - 19:59⏰🇩🇪

Ph 🔫

Tudo na minha cabeça tava bagunçado. Vim fechar aliança na Alemanha, e acabei encontrando a minha mulher perdida, que por acaso é dona da máfia, que matou o líder da Al-Qaeda, que é mãe do meu filho, e o pior... tava cada vez mais gostosa aquela filha da puta. Como eu tô me sentindo? Nervoso pra cacete. Nervoso de estar ao lado dela e não poder toca-lá, porque eu fui um baita filho da puta dois anos atrás. Nervoso também porque eu tenho uma criança pra conhecer. Uma criança minha. Minha e da Ainê. O lindo fruto do nosso relacionamento foda. E agora eu tava a caminho da casa da minha estressadinha com o meu parceiro, HN.



HN: Como seu irmão, parceiro, melhor amigo, cunhado e sub eu tenho o direito de perguntar. Como você tá? - disse quebrando o silêncio.

Ph: Irmão... Nunca me senti tão nervoso. Sabe aquela sensação de borboletas no estômago? Tô com isso - disse prestando atenção no trânsito. - Ver ela ali... Do mesmo jeitinho que ela saiu, só que totalmente mais madura. É foda pra cacete... -

HN: Falei com ela... Ela disse que tava tudo muito estranho pra ela, que não sabia o que sentir tlg - ele me olhou - Quero que vocês tentem se dar bem, pelo bem da criança que não tem nada a ver com a história - assenti estacionando. - Puta casa foda pra caralho, esse bagulho de máfia pelo jeito dá dinheiro - eu ri, e quando olhei Ainê estava saindo do carro. -

Ainê: Deixa a gente a sós? - ela parou na nossa frente toda maravilhosa e perfeita.

HN: Pra vocês se matarem? Tô de boa... - riu - Qual foi irmãzinha, você é dona de máfia agora... Quebra nossos corpos com uma colher - ela sorriu -

Ainê: Tô agindo de boa fé te trazendo aqui pra conhecê-la. Não estamos brigando e quero preservar isso. Mas por enquanto não quero que você conte a ela que você é o pai - fiquei sem entender -

Ph: E por que? Ta com vergonha dela saber que o pai é um bandido? - debochei.

Ainê: Endoidou? Nunca! E aliás, eu não tô muito diferente de você - nós rimos - Enfim... Maria apesar de ser inteligente é uma menina complicada. Ela não sai confiando em qualquer um, você precisa conquistar ela, e sua confiança. Foi assim com todos da casa, e com vocês não vai ser diferente. Quero que vocês me deixem prepará-la psicologicamente falando - nós concordamos, e vi ela parando pra mexer no celular, mandou mensagem pra alguém "Sem perguntas, explico mais tarde.".


🔫Enrolamos um pouquinho na porta, e logo entramos. Se a casa era foda por fora, vocês poderiam imaginar por dentro. Era uma casa foda pra caralho, e olha que eu tava só vendo a sala. Entramos pela sala e vimos Marina e... Perai, aquela ali é a Natália? Mais não importava, o que realmente importava era o que estava sentada com uma boneca linda no chão. Minha filha. Minha bebê e da Ainê. Eu sentia minhas mãos trêmulas de vê-la ali, tão perto de mim. Apenas Deus sabe o quanto sonhei com esse momento. HN e eu ficamos um pouco afastados enquanto Ainê ia até ela.🔫

Maria: Mamainnnn, voxe chego! - ela disse se levantando e indo abraçar Ainê. - Quem são elex? - apontou pra nós, e Ainê a pegou no colo. -

Ainê: São alguns amigos da mamãe querida... - ela se aproximou - Esse é o tio Henrique - ela apontou pra ele, e a pequena ficou um pouco receosa. - E esse é o tio Philippe - ela ainda ficou quietinha, mas me olhava atentamente. Ela cochichou algo no ouvido de Ainê, e elas se afastaram conversando um pouco e logo em seguida voltando.

Maria: Meu nome é Maria - ela me disse e eu me abaixei ficando em sua altura - E voxe parece muito um plincipe - nós rimos. Mamain, eu posso blincar com o tio Phil? - Ainê me olhou.

Ainê: Pode sim querida, por que não mostra a ele o seu quarto? - ela assentiu dando pulinhos de felicidade.

Maria: Vem tio Phil! - ela pegou minha mão e foi me puxando até o quarto. Eu me senti intensamente feliz. - Chegamu - mesmo ela sendo pequena, ter o gene da mãe espanhola, ela tinha o meu sotaque carioca.

Ph: Seu quarto é lindo igual você! - fiz cócegas nela, e ela caiu rindo no tapete. - Do que vamos brincar? -

Maria: Você escolhe tio! - ela disse com um sorriso. - Mas eu queria brincar de plincesa -

Ph: Então vamos brincar de princesa! - ok, eu jamais imaginei na minha vida toda que iria estar brincando de princesa.



Ainê

A notícia de saber que o pai da minha filha está do lado dela, e prestes a ser revelado não me agrada. Na verdade agrada, porque Maria sempre quis ter o pai por perto... Mas o problema mesmo é que não agrada o meu interior, no caso, meus sentimentos. Quando vi Philippe hoje senti a mesma sensação de quando percebi que estava me apaixonando pelo meu melhor amigo. Eram as borboletas no estômago, e uma faísca gigante perambulando pelo meu corpo. Eu me sentia trêmula, e com as pernas bambas, como se a qualquer momento eu me desequilibrasse. Mas não fiquem felizes, porque não irei voltar com ele. Estou sim confusa com meus sentimentos, mas não quero sofrer de novo. E além do mais, tenho o Jordan... Ok, ele não é bem meu namorado, ele ta mais pra "transo e jogo fora". Sim, eu sei que é errado e péssimo fazer isso. Mas quando conheci ele, concordamos em "transar sem se apegar" porém ele fez totalmente o oposto. Transávamos uma vez por semana, e quando vê o cara tava me chamando de "amor". Eu no máximo sinto um carinho por ele, e não consigo dispensa-lo pelo fato dele meter bem e eu precisar sempre de alguém pra descarregar meu stress. Ah, e também por ser bem filha da puta depois de tanto tempo estando "junto com ele". ✨


HN: Quando você pretendia me contar que tava namorando? - chegou me assustando, eu estava bebendo vinho na área da piscina.

Ainê: Que? - o olhei - Não tô namorando, é só uma transa por semana. Quem foi que te contou? E ainda mais com essas palavras - ele se sentou.

HN: Marina que disse - eu bufei - Seja lá quem seja o bendito, mas era melhor se você parasse - o encarei tentando entender. - Olha, nós podemos ter passado pouco tempo juntos, mas foi o suficiente pra mim te conhecer e saber que você não esqueceu ele depois de anos - olhei pra frente sem dizer nada.

Ainê: Esquece isso - bebi um gole do vinho. - Mesmo se eu amasse, a chance de voltarmos seria de menos 0 - falei séria.

HN: Ele ta diferente Ainê - o olhei - Depois que você foi embora, ele mudou completamente - o encarei - As coisas mudaram muito, mas a única coisa que não mudou, foram os sentimentos dele por você e pela filha que ele nem conhecia - fiquei em silêncio. - Pensa nisso - ele disse saindo e me deixando ali com os pensamentos a flor da pele.

It was for love - Philnê ❤️Onde histórias criam vida. Descubra agora