Capítulo 11 - Mexendo no vespeiro

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Andrew entrou em seu quarto bufando de raiva. A reunião com os conselheiros havia sido um desastre. Ele não queria, mas foi obrigado a discutir com seu pai na frente de todos eles. Pareciam ser cegos diante dos fatos...francamente, Andrew não gostaria de manter nenhum deles no cargo, mas sabia que isso seria impossível de desfazer. Alguns estavam ali mantendo uma tradição de anos, o que enfurecia mais ainda Andrew. O conservadorismo só era bom em determinados pontos. Em outros, só produzia um governo alienado. 

Andrew tentou falar com o pai em particular. Precisava fazer valer ao menos duas condições pessoais suas para que pudesse assumir o trono com menos pressão. A primeira delas, já havia sido motivo para desencadear uma briga grande. Ele disse ao pai que, para assumir o trono, ele queria Mark como um de seus conselheiros. O pai foi contra, claro. "Ele é filho de um traidor!", o pai berrara aos quatro ventos. "O pai dele errou, não ele! Mark já pagou um preço alto demais por tudo que o pai fez. Ele é diferente, é sábio, é íntegro e o mais importante: é meu melhor amigo!", berrara de volta Andrew. O rei sacudia a cabeça, mal acreditando no que ouvia. Ele e o pai ainda discutiram muito até que Andrew arrematou seu argumento dizendo que Mark era o seu Conde Tatcher, que ele representava o seu ponto de confiança e segurança. O rei pareceu engolir em seco. Toda vez que ele se lembrava do amigo morto, uma dor o possuía e suas amarras caíam por terra.

Flashback on

-"Filho...você vai precisar enfrentar uma arena de leões para deixar Mark assumir um cargo de conselheiro...ele concordou com essa sua proposta?"

-"Não de imediato. Estou há meses tentando convencê-lo. Mas ele disse que, se aceitar, será unicamente em nome de nossa amizade. Fará isso por mim".

-"Sinto falta de uma amizade assim" - disse o rei melancólico - "você teria se dado bem com Tatcher. Vocês têm ideias e gênios parecidos"

- "Sinto muito por sua perda, pai. Mas, por favor...confie em mim e me deixe trazer Mark para o Conselho"

O rei prometeu então que pensaria sobre o assunto. Já era um avanço.

Flashback off

Mas o outro ponto alto da reunião fora o futuro matrimonial de Andrew. O assunto havia tomado uma proporção maior do que o príncipe imaginara...agora, conselheiros e reis vizinhos pressionavam o rei DeLuca para que ele tomasse uma decisão. Todos eram de acordo que, mesmo que Andrew pudesse assumir o trono sozinho, um bom casamento traria mais credibilidade ainda à imagem de Andrew e abriria fronteiras políticas de negociação de mercado e expansão de fronteiras. Havia quase uma unanimidade de que Andrew realmente deveria se casar com a princesa Bello. O reinado do rei Bello ganhava força a cada dia,seu território estava em plena expansão e a economia estava em alta. Era um reino riquíssimo e o melhor: era próximo do reino DeLuca e futuramente a união dos reinos ficaria bem mais prática e fácil. Porém, esse assunto irritou Andrew profundamente o que fez o príncipe se retirar da sala e pedir uma conversa particular com o pai antes de prosseguirem.

Flashback on

"- Pai, eu me recuso a me casar com a Sam Bello! Eu já tinha dito isso ao senhor, eu não me caso para cumprir acordos!

- Você não acha que anda fazendo exigências demais, Andrew? Primeiro, Mark....agora não quer se casar com a filha do rei Bello...vocês se conhecem desde criança, ela é completamente apaixonada por você, você também gosta dela, não vejo isso como sacrifício...

- Eu tenho direito, sou eu quem vai assumir as rédeas de todo o reino DeLuca! Eu tenho meus princípios e já que serei rei, preciso, pelo menos, respeitá-los! E só pra esclarecer: eu gosto da Sam como um amiga, uma irmã! É apenas carinho, não amor entre homem e mulher!

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