Capítulo 15 - O sangue fala mais alto...

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Hospital de Tratamento Respiratório

Meredith chegou quase voando no Hospital. Acompanhada de Andrew e do rei, ela entrou triunfal pelo corredor do hospital. Os olhares de médicos e enfermeiros voltaram-se para a figura do rei, pois ninguém esperava a visita de Sua Majestade assim, sem avisar. Todos sabiam que ele autorizara o tratamento de Zola, mas a presença do rei era sempre algo a ser avisado com antecedência.

Meredith entrou correndo numa pequena sala de espera:

- Lexie, onde ela está? Onde a Zola está?

Lexie abraçou a irmã:

- Ela foi levada, Mer. Ela piorou muito, muito...eu achei que ela não fosse suportar. Eles anteciparam a cirurgia, não houve tempo nem de se prepararem direito. Eu estou com medo, muito medo, Mer...

- Vamos ter fé, Lexie. Vai dar tudo certo.

De repente, Lexie se assustou ao perceber que o rei estava ali, ao lado de Andrew, olhando para elas.

- Meu Deus..eu...me desculpe, Majestade, eu nem percebi vossa presença - disse Lexie fazendo uma reverência.

- Não se preocupe, eu entendo perfeitamente. Eu vou procurar alguém que possa me dar mais informações. - disse o rei se afastando-se, sendo acompanhado por um Guarda Real.

Lexie pediu licença a Andrew e dirigiu-se à capela do hospital para rezar. Meredith fechou os olhos. Parecia tudo um grande pesadelo. Andrew aproximou-se de Meredith:

- Vai dar certo, Mer. Confie. Ela é forte. Ela é uma Grey - disse Andrew passando a mão levemente pelo ombro de Meredith.

Ao ouvir suas palavras, Meredith virou-se para ele, os olhos cheios de lágrimas que ela estava tentando segurar ao máximo:

- Estou com muito medo, Andrew, muito medo. Eu não posso ficar sem ela, não posso. Eu já tive perdas demais nessa vida - disse Meredith se jogando nos braços dele.

Andrew e Meredith ficaram abraçados por um tempo. Sem dizer nada, apenas tentando encontrar e dar conforto um ao outro. Eles se entendiam até mesmo no silêncio e agora apenas ele era capaz de expressar o que estavam sentindo.

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O tempo passava e as notícias eram escassas. O rei conseguia pequenos boletins atualizados, quase de minuto a minuto, mas sem grandes novidades. A espera era sufocante.

- Eles vão tentar injetar em Zola o sangue de Lexie - disse o rei voltando do posto médico. - É o último recurso para tentar salvá-la.

- Oh meu Deus - disse Lexie colocando as mãos no rosto, chorando.

- Eu não sabia que você já tinha tirado o sangue, Lexie - disse Meredith.

- Eles colheram hoje cedo, enquanto você estava no Palácio - disse Lexie, secando uma lágrima.

Meredith e Lexie deram-se as mãos e começaram a rezar baixinho. Era a hora do tudo ou nada. A vida de Zola estava em jogo.

Andrew olhava Meredith com muito carinho. Ele queria abraçá-la, segurar sua mão, mas ele não podia. Ela não merecia sofrer tanto e ele jurou que sempre iria protegê-la.

De repente, um enfermeiro apareceu correndo, esbaforido.

- O que houve? - perguntou Andrew preocupado.

- Não funcionou - o enfermeiro respondeu, ofegante da corrida.

- Não funcionou o quê? - perguntou Lexie desesperada.

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