Capítulo 25 - O início de um novo tempo

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Quando faltavam poucas horas para o amanhecer e os primeiros raios de sol começavam a surgir no horizonte, Zola esfregou os olhinhos e, saindo sorrateiramente da cama de Emma, onde dormia aconchegada e protegida, foi em busca de um copo d'água. Ela pensou em chamar sua mãe, mas ela sabia que Lexie estava ocupada, cuidando do vovô DeLuca e ela não queria atrapalhar. Desceu as escadas e olhou para os lados. Ninguém de pé ainda. Caminhou com cuidado em direção a cozinha, quando escutou uma voz conhecida:

- Olá, minha pequena Zozo...

Zola olhou depressa e lá estava ele: seu vovô DeLuca, parado perto da porta principal da Biblioteca Real. Estreitando os olhos a fim de enxergar melhor, Zola voltou-se e caminhou em direção a ele:

- Vovô DeLuca! É o senhor mesmo? O senhor já está bonzinho?

Vincenzo sorriu ternamente para a menina:

- Eu vim ver você. Vovô estava com saudades. 

- Eu também! - disse Zola estendendo os bracinhos e indo em direção a ele.

Vincenzo pegou Zola no colo e os dois compartilharam um abraço apertado e longo. Soltando-se do pescoço do avô, Zola perguntou séria:

- Emma disse que o senhor estava muito doente. Eu rezei muito pelo senhor.

- É? Rezar é importante. Nunca podemos perder a fé. - disse Vincenzo beijando a neta no rosto.

- Eu tenho fé, vovô. Mas eu tenho fé na minha mãe também, eu sei que ela vai curar o senhor.

Vincenzo sorriu ternamente, olhando para  Zola:

- Sua mãe e você são os presentes mais preciosos que alguém poderia ganhar.

Descendo Zola do colo e abaixando-se para ficar na altura da menina, Vincenzo disse, segurando as mãozinhas da neta:

- Quero que saiba que o vovô tem muito orgulho das mulheres da família DeLuca. E que eu serei eternamente grato a Deus por ter tido a oportunidade de ter você e sua mãe na minha vida novamente.

Zola abraçou o avô, bem apertado e disse:

- E eu vou agradecer sempre porque eu tenho dois vovôs: o vovô Tatcher, que eu não conheci e mora no céu, e o senhor vovô DeLuca.

Lágrimas encheram os olhos de Vincenzo que retribuiu o abraço da menina e, afastando-se um pouco da neta, disse:

- Agora, vá...volte para cama. Volte a dormir. E tenha os mais lindos sonhos, minha neta querida...

Dando um beijo na testa de Zola, Vincenzo fez um sinal para que ela subisse as escadas e retornasse para o quarto. Zola subiu apressadamente, com um sorriso no rosto, as mãozinhas deslizando pelo corrimão e olhando para a figura do avô que ficou no andar de baixo, sorrindo enquanto a neta subia.

E Zola nem se lembrou mais que estava com sede. Na verdade, a sede da menina, era sede de avô.

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Quando os raios de sol invadiram a janela do Gabinete Real, Lexie se encontrava desperta. Ela praticamente não dormira a noite, vigiando incansavelmente o estado de Vincenzo. Ela olhou para o lado: Meredith havia dormido em uma das poltronas e estava coberta com uma manta que Andrew buscara para ela durante a noite; Mark dormia sentado em uma das poltronas perto da mesa, os braços cruzados e o semblante sério; o médico também cochilava levemente encostado em outra poltrona mais escondida e Andrew havia acabado de sair do quarto para buscar um café forte. Ele também havia dormido pouco, revezando-se com Lexie para vigiar o pai.

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