Capítulo 23 - O acerto de contas - Parte I

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Andrew estava fervendo de ódio. A sua vontade era enfiar a espada cada vez mais fundo na garganta de Hayes, mas ele sabia que a morte ainda era pouco para esse tremendo filho da mãe. Ele precisava se certificar de todas as desconfianças que ele tinha com relação a Hayes e aí sim, infligir a ele o castigo mais penoso que ele conseguiria pensar.

Tomado de raiva, Andrew falou:

- Eu achava que você fosse ruim, Hayes, mas agora vejo que você é a escória do universo, o lixo mais tóxico que alguém pode produzir....abusar de uma mulher desacordada é o nível mais baixo que alguém pode chegar. Você é um monstro  - disse Andrew entre dentes.

Hayes sorria sarcasticamente e disse provocando-o:

- Esse seu papel de bom moço é chato pra caramba sabia, Alteza? Tenho certeza que a Lady Meredith iria se deliciar muito mais com o Lobo Mau aqui...

Andrew fincou a espada um pouco mais fundo fazendo Hayes soltar um pequeno gemido de dor e o sangue começar a escorrer um pouco.

- Lave sua boca para falar dela, Hayes. Agora, o acerto de contas e entre você e eu. 

Nesse minuto, Meredith começou a recobrar a consciência e soltou um grito ao ver a imagem de Andrew com a espada na garganta de Hayes. Aproveitando a distração de Andrew, Hayes rolou no chão e deu um pontapé na espada de Andrew, derrubando-a. Hayes fugiu em disparada rumo a parte de trás do castelo dos DeLuca.

Meredith aproveitou para correr para dentro do Palácio e pedir ajuda. Chegando à cozinha, encontrou Emma, a cozinheira:

- Emma, pelo amor de Deus, o Andrew está lutando com o Hayes no gramado do lado de fora!

Emma colocou a mão na boca em desespero e saiu em disparada para procurar ajuda. 

Foi em questão de minutos e a confusão estava feita: avisado por seus comparsas de que Zola já não estava mais sob o seu poder, o rei Bello, espumando de raiva, procurou por Andrew que sumira misteriosamente bem na hora do compromisso formal com Sam. Vendo que podia ter caído em uma armadilha, o rei, enfurecido, mandou chamar seus soldados, deu o jantar por encerrado e abriu os portões dispensando grande parte dos convidados que, curiosos, se aglomeravam tentando entender o que estava acontecendo.

- Eu vou procurar o rei DeLuca...assim que todos os convidados saírem, feche os portões e deixe apenas os meus guardas aqui. Se querem resolver isso no sangue, então é sangue que eles terão. E que seja o deles - disse o rei Bello a Tom, seu guarda de confiança, que assentiu e saiu para tomar providências.

Caminhando a passos apressados e firmes, o rei Bello começou a procurar Vincenzo pelo  Palácio. Iluminado por uma ideia, caminhou firmemente e então, abruptamente, abriu a porta do Gabinete Real onde encontrou o rei DeLuca:

- Ora, ora...eu sempre desconfiei que essa pompa toda de rei corajoso fosse realmente só fachada...na hora que o circo pega fogo o rei DeLuca se esconde em seu Gabinete Real, parecendo uma menininha desamparada...

O rei DeLuca olhava para ele com um semblante surpreso:

- Como se atreve vir até meu Gabinete me afrontar?

O rei Bello riu sarcástico:

- Seu Gabinete?Não por muito tempo...aliás, tudo isso aqui sempre deveria ter sido propriedade minha....afinal, minha família sempre te ajudou a conquistar tudo que hoje é SÓ SEU não é, Majestade?

- Sua família teve aquilo que sempre lhes foi justo, Bello...assim como eles, muitos ficaram ao meu lado e também receberam suas recompensas. Você foi o único que se rebelou e achou pouco.

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