Em Eindhoven, Holanda.
- Grace, o que você acha que isso significa?-Tony me pergunta curioso.
- Acho que significa que existem mais. Existem mais iguais a mim. - respondo olhando os pequenos papéis de localização.
- Pretende procurá-las?
- Claro que não. Isso seria loucura! Eu tenho um emprego e uma reputação a zelar.
-Okay...mas - Tony pega um dos papéis e dá uma bela olhada. - Você não está nem um pouco curiosa para conhecê-las?Paro e penso por um instante. E se elas puderem me ensinar mais? E se Também puderem controlar a terra e a vida? E se puderem me ensinar a salvar vidas sem perder tanta energia?
E se elas forem mais?
Jake, meu cão, atrapalha meus pensamentos ao lamber meu rosto.- Não. Não estou curiosa para conhecê-las. - Digo pegando agressivamente o papel da mão de Tony. Pego todos eles, e os guardo num pote de vidro em cima da estante da sala.
-Vou dormir aqui de novo. - Diz Tony com a maior cara de pau.
- Como sempre, não é mesmo? Tem casa não?
- Ter eu até tenho, mas prefiro aqui. Tem um clima leve, tem o Jake...- Diz fazendo carinho no meu cachorro. - Tem você...- Não tem nada de "Tem você". Vai comer essa pizza? - Pergunto já pegando a última fatia e mandando ver. - Ops, que pena. Boa noite bagunceiro.
- Você bem que podia comprar um sofá novo né? Minhas costas não gostam desse...
- Além de folgado é exigente. - Digo rindo e indo pro quarto.
- Ou podia me deixar dormir aí com você... - ele diz baixo, pensando que eu não o escutaria.
- Nem pensar. E vê se ronca baixo dessa vez. - Bato a porta e apago as luzes.Em Vancouver, Canadá.
- Katrina, estou te avisando, acho bom dar um jeito nisso, caso contrário... Já sabe né? - Minha chefe desliga o telefone nervosa.
São 23:40 , cansada, jogo o telefone para o outro lado da cama.
Eu adoraria gritar com ela, uma vez só. Dizer à ela tudo o que penso, todas as vezes em que me deu vontade de jorrar vento nela, e atirá-la prédio abaixo. Mas eu não posso. É meu emprego. É com ele que pago as contas e sobrevivo.Levanto da cama, estou com sede.
Chegando na cozinha, abro a geladeira e quando me viro, vejo uma luz. Uma luz forte, parece estar contornando o quadro que tem na minha parede.
Me aproximo e ouço um senhor, dizendo que é um mago e que aparentemente precisa de ajuda. Três papéis voam daquilo que resolvi chamar de portal de mensagem.
Me abaixo para pegá-los. Olho a parede e a luz já havia sumido. Dou uma analisada nos papéis. Eindhoven, na Holanda, Melburne, Austrália, e Nápoles, na Itália.
Levo os papéis e o copo de água para o quarto. Me sento na cama e mantenho os olhos fixos neles, imaginando quem eu deveria conhecer, por quê deveria procurar aquele senhor? Largar tudo aqui? Meu emprego, minha casa? MEU PAÍS? Estou louca.Coloco os papéis no mini criado mudo, e jogo o cobertor em cima da minha cabeça, para cobrir-me por inteira. Fazia isso quando criança. Quando tinha medo do que não podia ver ou explicar.
Na manhã seguinte, pegando meu enorme casaco e carteira para sair pro trabalho, dou mais uma olhada nos papéis. Eles me encaram, se não achasse loucura, diria que... Me chamavam?
-Katrina...Katrina...
-Pa- Papel?
- Não, sou eu!
- Eu quem? - Pelo amor, acho que estou ficando maluca.
-Me encontre Katrina, me encontre. Preciso de você. De todas vocês.Vou em direção aos papéis, pego todos eles, os coloco em uma caixa de sapato e os jogo para debaixo da cama, tudo isso com igual rapidez.
- Não. Isso é loucura.
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The Forces Of Nature
FantasyThe Forces Of Nature é a história de quatro garotas. Mas não quatro garotas comuns. Elas fazem coisas que outras pessoas não podem. Dentro de cada uma delas, existe um dos 4 elementos da natureza. Elas vão crescendo e aprendendo a dominar seus poder...