The Forces Of Nature

Capítulo 49 - Navegantes.

- Isso é um barco. Nós não deveríamos estar lá no meio? - Grace aponta para o horizonte, onde só há mar e mais mar. - Estamos apenas no cais.
- Bom, para chegar lá precisaríamos de um barco não é, gênia? - Scarlett diz, respondendo com todo o sarcasmo possível.- além do mais, eu não sei nadar. Então espero que ninguém venha com gracinhas.
- Ok, acho que deveríamos ir logo. Antes que pessoas comecem a aparecer e ver que não somos os donos deste barco. - Emma raciocina.
- Certo. Vou pegar o leme então. Sempre quis fazer isso. - Diz Tony animado.

- Admito - Tony boceja - Não foi bem isso que eu planejei.
- Por que não vai se deitar no interior do navio? Estamos em alto mar faz horas. - Scarlett sugere.
- Ótimo... - Ele boceja mais, enquanto vai saindo e dando lugar para Scarlett.
- Que maravilha, roubamos um barco, estamos no meio do nada e já está escurecendo. Para piorar, não encontramos nada! - Emma diz frustrada.
- Emma, relaxa. O plano é acabar com Norb. E não consigo mesma. - Scarlett fala enquanto mantém o leme travado.
- Eu sei... só queria entender o real motivo de tudo isso.
- Vamos entender quando acontecer. Por enquanto vamos apenas esperar, okay?
- Scarlett... Podemos falar sobre o que aconteceu? Com... os poderes de Kate?
- Não tem o que falar. O poder escolheu.
- Sim, escolheu você! Por que me atirou na frente?
- Sabe porque, Morris.
- Se eu soubesse, não te questionaria.
- Talvez você saiba e apenas queira que eu me abra novamente. Igual na caverna.
- É, talvez.
- Não vai acontecer Emma. Não quero pensar mais em mim. Estou cansada. E você também. Então vamos decidir no par ou ímpar pra ver quem fica aqui e quem dorme ou você vai só pegar o leme?
- Eu fico, Scar. Eu fico. - Emma se levanta e vai até o leme. - Boa noite.
- Boa noite.

Tony está deitado, ainda exausto, quando Grace aparece.
- Oi.
- Adams, oi. - Ele se senta para poder observá-la. - podemos por favor fazer as pazes?
- Podemos. Não quero ficar brigada com você. Não sabemos o dia de amanhã, e isso me preocupa.
- Grace, eu sei que nada apaga o que eu disse. Mas minha desculpas são verdadeiras. Eu não devia ter beijado você. Eu estava com raiva, e nada parecia fazer sentido. Te acusei de querer uma pessoa morta...
- Tony... se acalma tá? Já foi. Isso é passado agora.
- Tem certeza? Porque eu realmente disse muita coisa. E admito que não tenho sido um amigo muito legal pra você. A começar pelo seu remédio...
- Antônio, já foi. Vamos apenas esquecer.
- O beijo também?
- Oi povo. - Scarlett desce as escadinhas e se deita ao lado de Tony. - não me olhe com essa carinha feia, doutora. Estou cansada, e Tony está na única "cama" nesse barco. Então vamos só dividir. - Tony olha para Scarlett deitada ao seu lado. Ela olha pra ele também. - E você não precisa ter medo. Não vou pular em você. Pelo menos não por enquanto.

Scarlett olha para Grace, que ainda está de braços cruzados, vendo a cena.
- Relaxa doutora, tô brincando só. Nossa, que gente séria. - Scarlett puxa o travesseiro, se acomoda e com o tempo dorme. Não só ela, como Tony, Grace, e Emma no leme.

- Que barulho foi esse? - Grace acorda de repente. Sente o sol batendo em seu rosto, mesmo do interior do barco.
- Grace fala baixo, tem gente dormindo aqui. - Scarlett fala com voz de sono.
- Bom dia... - Diz Tony meio acordado, mas também com voz de sono.
De repente o barco balança com violência, como se algo tivesse batido nele.
- Eu disse que tinha escutado algo. - Grace se levanta rápido e sobe rápido as escadinhas para procurar Emma. Scarlett e Tony fazem o mesmo. O medo toma conta, medo de que seja uma ameaça. Medo de que seja Norb.
Quando todos chegam ao meio do barco, vêem Emma olhando pra água.
- Em? - Scarlett é a primeira a chamar e se aproximar, mas Emma faz um sinal com a mão que a faz parar. - O que foi? - Scarlett cochicha alto o bastante para que Emma a ouça.
- Alguma coisa bateu na gente. - Emma responde ainda com os olhos na água.
- Isso a gente percebeu. Acha que foi um peixe? - Grace também cochicha.
- Eu acho que... - Emma é interrompida. O barco quase vira, jogando todos no chão do barco, quando uma criatura gigantesca surge das águas. Norb.